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Mais agricultores de três associações abrangidos pelo projecto Agro-Mozal

Foto: O país

Três novas associações de produtores agrícolas entram para o Agro-Mozal, que está a ser implementado nos distritos de Boane e Namaacha, na Província de Maputo. O projecto tem, neste momento, 12 associações, que se beneficiam de apoio em insumos e equipamentos agrícolas, bem como assistência técnica.

A Associação “Mata-Fome”, no distrito de Boane, Província de Maputo, é uma das três novas integrantes do Agro-Mozal. São 25 produtores que integram a agremiação que recebeu do projecto diversas sementes de hortícolas, enxadas, catanas, regadores e pulverizadores.

“Estamos bastante contentes, porque há muito tempo que sofremos e não tínhamos visto algo igual. Tem importância, porque trabalhávamos sem saber para quê e, hoje, com esta ajuda, estamos motivados e agradecemos bastante”, concluiu Sebastião Tseco, presidente da Associação “Mata-Fome”.

O extensionista Celso Matsinhe dá assistência aos produtores da Associação Mata-Fome. Segundo diz, os insumos e os respectivos equipamentos vão trazer diferença significativa no processo produtivo.

A Associação dos Regantes de Manguiza, ainda em Boane, entrou pela primeira vez para o projecto Agro-Mozal no presente ciclo produtivo e não esconde a satisfação por ter sido contemplada. “Nós vamos empreender mais esforço para garantir a produção e a produtividade, porque temos grande parte do que precisamos para trabalhar nesta segunda época agrícola”, referiu Daniel Silva, presidente da Associação dos Regantes de Manguiza.

O projecto Agro-Mozal garante o apoio necessário para impulsionar a produção e produtividade às associações recém-admitidas. “Temos certeza de que estas três associações que foram admitidas agora vão transformar as suas vidas, através do aumento da produção e produtividade, com toda assistência e conhecimento que o projecto vai emprestar, incluindo insumos que vai disponibilizar, conforme estão a testemunhar”, diz Patrício Manjate, director do projecto Agro-Mozal.

O Governo do distrito de Boane, representado pela respectiva administradora, testemunhou, pela primeira vez, a entrega de insumos aos regantes de Maguiza, tendo ficado patente o compromisso de tudo fazer para justificar este apoio. Guilhermina Kumagwele enalteceu os esforços em curso que visam galvanizar a produção agrícola. “Acredito que os agricultores vão mostrar aquilo que é o resultado deste grande apoio do projecto Agro-Mozal”, disse Guilhermina Kumagwele, administradora de Boane.

Já nas terras de Namaacha, foi seleccionada a Associação dos Produtores de Morango de Namaacha (APMONA), para integrar o projecto Agro-Mozal. A alegria é indisfarçável, canta-se e dança-se e não é para menos, há sementes e equipamentos diversos, com destaque para motobombas e seus componentes, como pulverizadores automatizados, o que vai mudar o rumo de produção destes associados.

“Vamos utilizar, cuidar bem e proteger. Agradecemos muito ao projecto Agro-Mozal que trouxe insumos e equipamentos que não tínhamos”, disse a presidente da Associação APMONA.

O camião percorria os acessos de Boane e Namaacha e, mais do que transportar simples equipamentos e insumos, carrega a esperança de dias melhores para centenas de produtores.

A Associação Regantes de Mafuiane, que contempla 237 membros com uma área de 170 hectares, traz consigo o impulso na produção e o reconhecimento dos próprios agricultores. Amélia Honwana é uma das produtoras integradas na Associação e beneficiária da iniciativa. “O projecto Agro-Mozal está a andar bem, temos todos os insumos e assistência.”

As 12 associações integradas naquela plataforma receberam apoio do projecto que, desde 2019, vem transformando vidas em Boane e Namaacha.

Depois da chuva que caiu, é preciso aproveitar a fertilidade dos solos e relançar a semente para terra nesta segunda época da campanha agrícola 2021-2022. O extensionista Amilton Nicols, afecto ao distrito de Namaacha, diz que estão criadas as condições para obter melhores resultados.

Mais do que isso, o projecto visa empoderar as famílias e trazer ganhos económicos e sociais. Ana Nhaca consegue custear a escola dos filhos com os ganhos obtidos nos campos de cultivo e com assistência do projecto Agro-Mozal.

Até aqui, o Agro-Mozal faz uma avaliação positiva do seu desempenho. “O projecto está satisfeito, porque os produtores estão a melhorar o seu rendimento, a sua produtividade e as suas vidas. O feedback que nós temos é positivo, os níveis de produtividade que registamos até agora são elevados, em comparação à altura antes de entrarmos nestas associações”, disse Patrício Manjate.

O projecto Agro-Mozal é da empresa de fundição de alumínio Mozal, implementado pela Fundação SOICO (FUNDASO).

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