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Mahla Filmes imortaliza “pai do cinema africano” no Across Africa

50 instituições em África unem-se para partilhar a história de Ousmane Sembene, o “pai do cinema africano”, que passou décadas a moldar um cinema relevante para o continente.

Através do projecto Sembene Across Africa, um evento de três dias (9, 10 e 11 deste mês) escolas, museus, centros culturais e ONGs oferecem exibições gratuitas em streaming do galardoado documentário “Sembene!” Moçambique também fará parte, representado pela Mahla Flmes.

O documentário, concebido pelo biógrafo de Sembene, concorreu para os festivais internacionais de cinema Sundance e Cannes, foi exibido em todo o mundo e foi incluído em sete listas dos melhores filmes de 2015, incluindo uma lista dos dez melhores desse ano publicada pela revista New York.

Esta acção é possível com financiamento da Ford Foundation e do Sundance Institute, e de esforços por parte de cineastas ao nível local, como é o caso da Mahla Filmes no país.

Todos os eventos incluem sessões de conversa após a exibição do documentário, muitas destas apresentadas por académicos e cineastas.

Além das exibições, irão realizar-se seminários em Dakar, no Senegal, Ouagadougou, no Burkina Faso, e também na Guiné Conacri.
A proeminente equipa de conselheiros, produtores e consultores do projecto inclui até ao momento Ngugi Wa Thiong’o (Quénia), Fatou Kande Senghor, Ousmane Sene e Rama Thiaw (Senegal), Gaston Kabore (Burkina Faso), Samanta Etane e Issa Nyaphaga (Camarões), Dr. N. André Siamundele (República Democrática do Congo), Fibby Kioria (Uganda), Mickey Fonseca (Moçambique).

Este projecto é motivado pela vontade de Sembene – que ele não conseguiu realizar em vida, depois de 50 anos de trabalho dedicado – de devolver as histórias africanas aos povos africanos.

Sembene: Entre o livro e o filme

Ousmane Sembène nasceu a 1 de Janeiro de 1923, em Dacar, Senegal, e morreu a 9 de Junho de 2007. Foi um director de filmes, produtor, escritor e militar, tendo participado nas campanhas de Itália e Franca, contra o fascismo e nazismo. É frequentemente denominado Pai do Cinema Africano. Ao longo da sua vida, escreveu 10 romances e realizou 13 filmes, como “Niaye”, “Xala”, “Ceddo”, “Faat Kiné” e “Moolaadé”.

 

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