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Luís Gonçalves: de 204 mil dólares para 122.400 mil

O ex-seleccionador nacional dos Mambas, Luís Gonçalves, chegou a um acordo com a Secretaria do Estado do Desporto (SED), sobre o pagamento da indemnização que exigia à Federação Moçambicana de Futebol (FMF), facto que o obrigou a submeter uma queixa à Federação Internacional de Futebol (FIFA). Dos 204 mil dólares iniciais, equivalente a 13.021, 36 Meticais, o técnico português aceitou baixar para 60 por cento, no caso 122.400 dólares, que equivale a 7.812, 79 Meticais.

Em relação ao seu adjunto Tiago Capaz, dos 68 mil dólares (cerca de 4.340. 440, 00 Meticais), o mesmo irá encaixar 40 mil dólares, o equivalente a 2.553.200, 00 meticais. Depois de muitas rondas negociais, finalmente chegaram ao fim as desinteligências entre o técnico português e a FMF.

Falando em conferência de Imprensa para formalizar o fim das “tréguas”, o Secretário do Estado do Desporto, Carlos Gilberto Mendes, indicou que, com o acordo, as duas partes desavindas saem a ganhar. Disse ainda que o acordo encerra todas as suspeições sobre o possível banimento de Moçambique nas competições sob égide da FIFA, caso a FMF não pagasse a indemnização ao ex-seleccionador nacional.

“O mais importante é que o problema já foi resolvido”, disse Carlos Gilberto Mendes, acrescentando que, com o acordo, o futebol moçambicano é o maior beneficiado. Por sua vez, Luís Gonçalves considera que tomou a decisão de “perdoar” a Federação Moçambicana de Futebol pela consideração que tem para com o futebol moçambicano.

O ex-seleccionador nacional do Mambas diz estar magoado com certas pessoas as quais, na sua opinião, apesar do tempo que passa “continuam sendo pouco profissionais e pouco elegantes”. Disse, acrescentando que as referidas pessoas devem mudar, pois, tal como disse, o futebol moçambicano também precisa de mudanças.

A Federação Moçambicana de Futebol anunciou, ontem, na sua página oficial, que havia chegado a um acordo com Luís Gonçalves. O técnico português considera que essa informação é falsa, na medida em que o acordo foi com a Secretaria do Estado do Desporto e não com o organismo que gere o futebol moçambicano.

Estes valores, lembre-se, foram definidos pela FIFA que condenou, ano passado, a Federação Moçambicana de Futebol a pagar uma indemnização choruda a Luís Gonçalves e Tiago Capaz na sequência da demissão destes por alegado “incumprimento de alguns objetivos colocados, que passavam, principalmente, pela qualificação para a Taça das Nações Africanas Camarões 2021”.

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