Líderes de paises africanos e organizações civis manifestaram suas condolências à família da Winnie Mandela, Mãe da Nação sul-africana que, aos 81 anos, perdeu vida, depois duma doença prolongada.
Num comunicado oficial exposto no website da União Africana, o chefe da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat disse, hoje, que foi com grande consternação que recebeu a notícia da morte de Madizikela-Mandela. O chefe da União Africana descreveu Winnie como uma activista corajosa que sacrificou muito da sua vida pela libertação da África do Sul.
A Mãe da Nação morreu na segunda-feira no Hospital Netcare Milpark em Joanesburgo.
“Ela nunca se abalou na sua luta ou hesitou no seu compromisso, apesar da prisão, confinamento e a longa separação do seu então marido, Nelson Mandela, durante sua prisão em Robben Island”, disse Mahamat.
“Winnie Madikazela-Mandela desbravou o caminho para as mulheres engajar-se na luta contra o apartheid e lutou incansavelmente pelos seus direitos e bem-estar na África do Sul”, acrescentou.
Madikizela-Mandela foi agraciada com prémio de activismo em 2017, pela Comissão da União Africana.
Num comunicado oficial, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, considerou Winnie uma mãe, líder e ícone da África do Sul que decidiu ser voz para as pessoas sem voz. O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, serviu-se de Twitter para manifestar suas condolências à família de Winnie, tendo descrito Winnie como uma libertadora e heroína que viveu para ver seu país e seu Marido Nelson Mandela livres. O Presidente Ugandês, Yoweri Museveni, também manifestou-se triste com falecimento da Winnie, tendo enfatizado a luta e a resistência dela durante o tempo que Mandela esteve preso.
A Fundação Thabo Mbeki elogiou Winnie Mandela pelo facto de ter sido uma líder que nunca se elevou se colocou por cima das pessoas.
O líder dos Combatentes da Liberdade Económica, Julius Malema, disse, hoje, que Winnie Madikizela-Mandela nunca traiu seu povo, apenas fez amizades com “baratas”, noticiou a News 24. Malema acusou os críticos da Winnie de destorção da reputação dela.
“Eles devem continuar a distanciar-se deles mesmos como se distanciaram da Winnie nos anos 80. Eles continuam a distanciar deles mesmos tal como se distanciaram da Winnie, enquanto viva”, disse Malema.
Ele acrescentou que maior parte dos rivais continuam a ser os políticos da praça de hoje em dia. Malema visitou, hoje, a família Madikizela-Mandela.
O líder da oposição disse que mesmo em casa da Winnie em Soweto havia pessoas que não gostavam de Madikizela-Mandela, mas fingindo mostrar-se complacentes.
“Nós estamos atentos a eles. Estamos próximos da família e continuaremos a aconselhar a família sobre o que é certo e o que é errado. Nós sabemos o que a mamã não gostava. Conhecemos as pessoas de cuja companhia mamã Winnie não gostava por causa da maldade que lhe fizeram. Estaremos a observa-los por perto. Vamos ciciar-lhes nos ouvidos, mas se não nos escutar, vamos julga-los no público”, disse Malema.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou que o velório de Winnie teria lugar no Estádio de Orlando, dia 14.
