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Liberdade para 624 reclusos em Inhambane

Obedecendo o distanciamento recomendando, um a um os detentos recebiam os respectivos mandatos de soltura. A província de Inhambane tem cerca de 1600 reclusos e até sexta-feira perto da metade destes estarão de volta ao convívio familiar.

A Directora Provincial da Justiça, Assuntos Religiosos e Constitucionais, Leonilde Jonasse, revelou ao “O Pais" que com a soltura dos 624 reclusos, perto da metade da população reclusoria em Inhambane o número de detentos vai baixar para cerca de 900 pessoas, é vai representar um alívio ao sistema penitenciário, uma vez que além de mais espaço, significará poupar dinheiro, uma vez que um recluso custa em média 3 dólares por dia ao estado.

Apesar de soltos, há aspectos que os ex detentos devem observar. O juiz do Tribunal Judicial da Cidade de Inhambane Arlindo Macuacua diz que o perdão das penas, não os isenta da responsabilidade civil, uma vez que as indemnizações fixadas em tribunal continuam a valer e se chegar a vez estes serão chamados a pagar.

Grande parte dos beneficiários da lei de amnistia em Inhambane,  cumpriam penas leves por prática de pequenos delitos, tal como é o caso de Ernesto Mavile que esteve detido por 32 dias, por não ter pago a pensão do filho. Ernesto perdeu emprego, mas diz que ao sair da cadeia, vai procurar meios do seu sustento e do seu filho.

Outro recluso que beneficiou do perdão é Teresa Chichava que foi condenada a 6 meses de prisão por agressão física. Teresa flagrou um ladrão na sua residência e decidiu avançar com a justiça pelas próprias mãos.  Mas no lugar do ladrão, foi ela quem teve de cumprir pena, mas agora livre, diz que vai continuar com o seu negócio.

O processo de soltura iniciou esta quarta-feira e será terminar até sexta-feira desta semana.

 

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