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Lançada primeira pedra de projecto de melhoria da segurança na lixeira de Hulene

A iniciativa, que resulta de uma parceria conjunta entre o Ministerio da Terra, Ambiente e Desenvovimento Rural, o Conselho Muncipal de Maputo e o governo do Japão visa a contrução de um aterro melhorado que dará mais segurança à maior lixeira do país.

Orçadas em 92 milhões de meticais as obras vão decorrer a partir do mês em curso.

Financiadas pelo governo do Japão através de uma ajuda não reembolsável, o projecto terá como base, uma tecnologia japonesa designada "Método Fukuoka", através do qual a lixeira será transformada num aterro semi-aeróbico.

“Nós vamos fazer algumas obras para que a lixeira fique sem degraus. Isso vai permitir que o risco de desabamento diminua consideravelmente” explicou Paulo Queiroz, membro da equipa técnica da empresa japonesa que vai implementar o projecto.

Segundo detalhou, a segunda medida “é colocar canos no interior da lixeira, para que o gás que esteja lá dentro possa sair, e isso vai auxiliar em duas coisas” nomeadamente, “diminuir o risco de incêndios” e “facilitar a estabilização da lixeira”.

O edil da cidade de Maputo, Eneas Comiche, falou das expectativas em volta deste projecto.

“Através desta iniciativa, que consiste basicamente na melhoria de segurança da lixeira de Hulene, há expectativas de obtermos conhecimentos sobre o aterro sanitário, bem como de assegurar um centro de formação baseado num exemplo de boas práticas para os países africanos” avançou Comiche.

Reassentamentos

A cerimónia de lançamento da primeira pedra do projecto foi testemunhada pela Directora Nacional da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural, Ivete Maibasse, que anunciou na ocasião, as acções em curso no âmbito do reassentamento das populações afectadas pelo trágico desabamento de lixo que, a 19 de Fevereiro do ano passado, matou 17 pessoas e obrigou à evacuação de várias famílias.

“Estamos neste momento a continuar com o pagamento do subsídio de mobilidade das famílias que foram retiradas da área afectada e igualmente iniciamos com o processo de construção da nova vila de reassentamento no bairro de Possulane, orçado em cerca de 30 milhões de meticais e que prevê a construção de 300 casas, das quais, 150 estão na fase de execução”, informou Maibasse.

O projecto das obras da lixeira resulta de um acordo de parceria assinado entre o Ministro da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural e Ministro do ambiente do Japão em Fevereiro último.

A notícia foi acolhida com muito agrado pelos moradores do bairro Hulene "B", que vivem em constante perigo.

“Nós sofremos, principalmente nesta época do verão. É fumo, mau cheiro, moscas. Não temos sossego, porque pode nos provocar problemas de saúde", desabafou Luísa Domingos, moradora do bairro.

 

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