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Kugoma lança Prémio Novos Autores nos 10 anos de existência

Já lá vão 10 anos do Kugoma – Fórum de Cinema Moçambique. Também para a comemoração de uma década de existência, decorre desde o dia 26 até 31 deste mês, em diversos locais da capital do país, a edição anual da iniciativa.

O Fórum de Cinema Moçambique iniciou em 2010, com a dupla de produtoras Ilda Abdala e Diana Manhiça, e uma micro-empresa individual, a ZOOM, com a pretensão de dar destaque especial às curtas-metragens.

Assim, nos 10 anos de existência do Fórum de Cinema, esta comemoração é, de acordo com a organização, o mote para uma programação de excelência e a introdução do Prémio Novos Autores, criado para motivar uma nova geração de cineastas moçambicanos a dar os seus primeiros grandes passos. O evento é possível graças a um pequeno apoio da União Europeia, em Moçambique.

Nesta edição, os nomeados para o prémio são: Marilú Námoda, Lara de Sousa, Wilford Machili, Ivan Simone e Sousa Domingos, Orlando Mabasso Jr. e Sónia André cujos trabalhos o júri, formado pelos consagrados Pedro Pimenta, João Ribeiro e Sol de Carvalho, avaliou e irá premiar e comentar.

A programação retoma a actividade KUGOMA Escolas, programada para os dias 26, 27 e 28, pela manhã, levando estudantes do ensino secundário público, da cidade de Maputo, à sala de cinema do CCFM, das 10h às 12h, e dá continuidade a parcerias antigas com o Cinema Scala – com sessões de documentários musicais no terraço do edifício, nos dias 30 e 31, às 20h30, seguidos de música ao vivo – e com a Associação IVERCA, agora no magnífico novo espaço do Museu da Mafalala – com sessões ao ar livre, também nos dias 30 e 31 às 18h30.

Segundo a organização, do programa principal, fazem parte uma série de curtas-metragens de jovens autores moçambicanos, filmes recebidos de parcerias existentes como festivais, produtoras e cine-clubes em Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola e obviamente, Moçambique.

Uma programação de filmes de autores afro-europeus e afro-americanos, também incluída na proposta cinema da diáspora, este ano, do Reino Unido e do Brasil.

Sessões mais pontuais e direccionadas acontecem, por exemplo, na Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da UEM no dia 30 às 11h, com a exibição de uma série de documentários sobre zonas peri-urbanas das cidades africanas de Nairobi, Lagos e Maputo – do cineasta arquitecto Johan Mottelson e apresentação de Wilford Machili.

Um filme documentário de animação, largamente premiado, em estreia nacional, na sessão de abertura oficial – “Mais um dia de vida”, de Raúl de la Fuente (ES) e Damian Nanow (POL), de 2018, é uma adaptação de um trabalho do jornalista polaco Ryszard Kapuscinski, que cobriu a guerra civil angolana.

 

 

 

 

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