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João Cumbe demitido dos “alvi-negros” depois de revelar fragilidades do clube

Foto: O País

João Cumbe já não é treinador do Desportivo Maputo, 48 horas depois de ter revelado “segredos internos” que ditaram a goleada sofrida domingo diante da Black Bulls, por 6-1, em partida da quarta jornada da Liga Jogabets da Cidade de Maputo.

No final do encontro, João Cumbe disse que os jogadores foram a jogo “sob protesto” à situação que se vive no ninho da águia, onde os jogadores reclamam salários em atraso e chegam a ir a jogo sem nenhuma refeição.

“Viemos jogar com uma equipa que não almoçou, os jogadores não se concentraram no clube, não sabemos onde é que estavam, a reivindicar salários. Tivemos de ligar para os jogadores. Não são desculpas que estamos a dar, mas é difícil vir jogar com fome, com uma equipa destas” disse na ocasião o então treinador do Desportivo Maputo.

Foram declarações que não terão agradado a direcção presidida por Paulo Ratilal, que decidiu pela demissão do treinador, esta terça-feira.

Para o lugar deixado vago, chega Sérgio Faife Matsolo, para liderar uma equipa que pouco tem produzido na Liga Jogabets, nas primeiras quatro jornadas, onde só venceu o Vulcano, na primeira jornada à tangente.

De lá para cá, os “alvi-negros” somaram três derrotas, respectivamente diante do Maxaquene por duas bolas sem resposta, Ferroviário de Maputo, goleada por 4-0, e recentemente frente a Black Bulls, nova goleada, desta feita por 6-1.

Sérgio Faife Matsolo chega ao Desportivo Maputo vindo do 1º de Maio de Quelimane, onde era treinador adjunto, e tem a responsabilidade de procurar vitórias nas próximas três jornadas da fase de grupos, para qualificar os “alvi-negros” aos quartos-de-finais da competição que marca o arranque do futebol ao nível da Cidade de Maputo.

O Desportivo vai ter pela frente o 1º de Maio, o Matchedje e o Ferroviário das Mahotas.

 

DESPORTIVO VAI A ASSEMBLEIA GERAL A 2 DE ABRIL

Entretanto, o Desportivo Maputo vai a Assembleia Geral no próximo mês de Abril, para “arrumar” a casa. Na reunião magna, que normalmente tem acontecido em Fevereiro, segundo os estatutos da colectividade, estarão em cima da mesa a apreciação e aprovação dos relatórios de contas dos exercícios de 2019, 2020 e 2021, além da proposta do plano de actividades e orçamento para o presente ano.

Ainda assim, os sócios “alvi-negros” apresentaram uma carta junto à Mesa da Assembleia Geral da colectividade e exigirem a inclusão de mais pontos na reunião magna do clube, considerados pendentes e não esclarecidos, que condicionam a vida da colectividade.

Na carta, os sócios dizem não fazer sentido que uma Assembleia Geral Ordinária seja convocada com apenas um único ponto de agenda quando o clube tem muitos problemas pendentes.

Os sócios querem um informe sobre o ponto de situação de todas modalidades movimentadas pela colectividade, situação do património (que inclui os dossiers sobre as rifas, campo de Bobole e venda do campo da baixa), entre outros aspectos, como a cessação do mandato da actual direcção, que segundo eles foi eleito para terminar o mandato de Inácio Bernardo, até 2021, e não para o quadriénio 2021-2025.

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