O Governo do Japão anunciou, esta sexta-feira, um apoio de quatro milhões e duzentos mil dólares norte-americanos para apoiar as pessoas deslocadas em Cabo Delgado “devido à deterioração da situação de segurança” naquela província.
Com a doação pretende-se “fornecer alimentos, abrigo e outros bens que possam satisfazer às necessidades básicas” da população, “contribuir para assistência nas áreas de saúde e tratamento médico, protecção de pessoas mais vulneráveis como mulheres e crianças”.
O valor será igualmente aplicado na coordenação e gestão dos acampamentos que serão feitos através da Organização Internacional de Migração (OIM), do Programa Mundial para Alimentação (PMA), do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), esclarece o Governo do Japão em comunicado enviado ao “O País”.
“Com o apoio do sector de saúde, esta doação também vai ajudar a aliviar o impacto da COVID-19”, diz a nota, acrescentando que se trata de um apoio de emergência humanitária no sentido de melhorar as condições de vida por meio de construção de estradas e drenagem nos acampamentos, reparação de edifícios públicos e gestão de acampamentos para aproximadamente 50 mil pessoas.
A decisão de desembolsar os 4.200.000 dólares a favor das vítimas do terrorismo em Cabo Delgado foi tomada esta sexta-feira, segundo o documento que citamos.
O fundo será ainda investido no fornecimento de kits de abrigo de emergência e kits de higiene para aproximadamente 2.500 famílias vulneráveis, fornecimento de assistência alimentar para aproximadamente 23.000 cidadãos internamente deslocadas.
Vai ainda Melhorar a condição alimentar dos deslocados, através de fornecimento de alimentos com valor nutricional especializado e orientação sobre a melhoria das práticas dietéticas para aproximadamente 25.600 crianças.
O Governo do Japão diz também que a doação será usada no transporte de mercadorias e do pessoal das organizações de ajuda humanitária que trabalham nas áreas designadas, bem como no aumento da capacidade dos centros existentes para tratamento médico e actividades educacionais para prevenção e protecção contra violência sexual de gênero (SGBV) para aproximadamente 5.000 pessoas.
Em relação à protecção e monitoria, cerca 10.000 indivíduos serão abrangidos nas áreas afectadas e “maior acesso ao serviço de assistência jurídica para aproximadamente 10.000 pessoas internamente deslocadas e das comunidades anfitriãs”.
O montante destina-se igualmente à melhoria de acesso aos serviços médicos para aproximadamente 290.000 pessoas, indica o comunicado.
