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Já passam cinco horas que os arguidos estão a ser ouvidos

Cinco horas depois do início da sessão do primeiro interrogatório, o juiz de instrução criminal continua a ouvir os arguidos indiciados de envolvimento no caso das dívidas ocultas .

Por volta das 13H30, uma viatura de transporte de reclusos entrou na garagem do Palácio da Justiça, supostamente para deixar outros arguidos. Neste momento, a viatura está posicionada em frente ao tribunal, onde já não se nota a presença de familiares dos detidos.

Fuga à imprensa

11h29:Para contornar a imprensa que desde as primeiras horas desta manhã está concentrada em frente do tribunal judicial da capital, os arguidos usaram a entrada do Palácio da Justiça, na 25 de Setembro. O País percorreu o atalho que António do Rosário terá usado para chegar à sala de sessões onde está a ser ouvido à porta fechada. O atalho parte do tribunal até à entrada principal do Palácio da Justiça, que normalmente não abre aos sábados.

Mas hoje o portão está aberto, incluindo a garagem, onde está posicionado um agente da Força de Protecção de Altas Individualidades. Na 25 de Setembro, o trânsito flui normalmente e nas suas bermas não há viaturas da Polícia.

Agentes de segurança acabam de fechar a entrada principal do Palácio da Justiça para inibir a circulação de jornalistas.

Do outro lado do tribunal, o acesso de jornalistas ao edifício também está vedado.

Três advogados, sendo que um deles é Abdul Gani, também foram proibidos de usar a entrar principal do Palácio da Justiça para chegar ao tribunal.

Alguns familiares estão a ser autorizados a entrar no tribunal mediante apresentação dos bilhetes de identidade. E os outros vão aguardando.

Um jovem que trabalha no Palácio da Justiça contou ao jornal O País que os arguidos chegaram muito cedo ao tribunal, antes mesmo da chegada dos jornalistas. A fonte confirmou ainda que todos os arguidos entraram via Palácio da Justiça.

Tratando-se do primeiro interrogatório do réu preso, a sessão decorre à porta fechada. Só entra para a sala o juiz, o arguido e o advogado de defesa. Durante a sessão, o juiz interroga o arguido e o advogado não intervém, salvo se o magistrado judicial o autorizar a usar da palavra.

Decorre audição de António do Rosário no TJCM

10h25:Acaba de iniciar a audição de António do Rosário, o famoso Indivíduo A, detido na última quinta-feira por envolvimento na contratação dos empréstimos ilegais para as empresas ProIndicus, Ematum e MAM. António do Rosário é o primeiro arguido presente ao juiz de instrução que vai decretar a medida de coação.

O advogado do antigo director Nacional da Inteligência Económica do SISE, a secreta moçambicana, é Alexandre Chivale, um jurista muito próximo à família Guebuza. Aliás, Alexandre Chivale foi assistente no julgamento do assassinato da filha do antigo Presidente da República.

As audições decorrem no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, onde está um número significativo de jornalistas e familiares dos detidos.

Os arguidos entraram no tribunal via Palácio da Justiça, na avenida 25 de Setembro, e conseguiram escapar à imprensa que está concentrada defronte do tribunal.

O jornal O País não conseguiu apurar se todos os oito detidos já estão no Tribunal.

TJCM legaliza prisão dos oito arguidos do “caso das dívidas ocultas”

09h27:Será legalizada, este sábado, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, a prisão dos oito arguidos do caso das dívidas ocultas. Os familiares e amigos dos arguidos estão já presentes no TJCM, sendo que se aguarda a chegada dos arguidos.

Em actualização

 

 

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