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Irmã de Ângela Leão ouvida hoje pelo Tribunal

Foto: O País

Para a quinta semana serão ouvidos mais seis réus implicados neste caso das dívidas ocultas. São eles, Mbanda Anabela Henning, Khessaujee Pulchand, Simione Mahumane, Naimo Quimbine, Zulficar Ali Esmail Ahmed e Crimildo Manjate. Todos acusados pelos mesmos tipos legais de crimes e envolvidos no mesmo esquema.

Associação para delinquir, Abuso de Confiança e Branqueamento de capitais. São estes os crimes que pesam sobre cada um dos 4 réus a serem ouvidos esta semana. E não é por acaso, é que eles estiveram envolvidos no mesmo esquema supostamente desenhado para lavar os cerca de 9 milhões de dólares recebidos por Gregório Leão, antigo Director-geral do SISE, que teria estado na dianteira na criação dos projectos da Proindicus, EMATUM e MAM, também teria viabilizado a obtenção dos respectivos financiamentos através da solicitação de Garantias do Estado.

E a primeira ré a ser ouvida deverá ser Mbanda Anabela Henning, irmã da co-ré Ângela Leão. Fez parte do esquema de dispersão das atenções sobre o dinheiro da família Leão. Para isso, esteve à frente da construção de 14 imóveis, através da sua empresa de imobiliária, a HIGHT. O valor para a construção destas casas, na zona da Costa do Sol, teve um financiamento de 33 mil dólares. No final, segundo a acusação, Mbanda recebeu, para si, 12.865.000 Meticais.

A partir desta segunda-feira vai se juntar aos outros réus para, como eles, dar a sua versão dos factos. Em todo o caso, a sua irmã, ouvida na última semana, já tinha pedido perdão a ela e aos outros por tê-los metido num problema cuja raiz, ela própria desconhece.

Nos dias 21 e 23 serão ouvidos Khessaujee Pulchand, que recebeu 13.4 milhões de meticais, Naimo Quimbine, 5.6 milhões e Simione Mahumane que teve 872 mil meticais. Estes três receberam o valor da M Moçambique Construções de Fabião Mabunda, também ouvido na última semana.

Um outro réu que deverá dar a sua versão nesta semana é Crimildo Manjate, de 41 anos de idade. Este réu terá vendido, à família Leão, uma dependência no bairro Jonasse, no valor de 3.7 milhões de meticais. E, porque, segundo a acusação, ele sabia que o valor tinha uma proveniência ilícita, decidiu, então, usar a conta do seu irmão, identificado como Naldo Manjate.

No último dia da semana, junto de Crimildo Manjate, será ouvido Zulficar Ali Esmail Ahmed. Sobre este, a acusação diz que recebeu, do Grupo Privinvest 100 mil dólares, sem ter prestado um sequer serviço à agremiação empresarial. Para desviar a atenção, ele fez vários levantamentos para si e para sua esposa. Ao banco, disse que eram valores que queria usar em viagens e turismo.

Se se cumprir o calendário desta semana e os seis réus forem ouvidos, faltarão apenas dois réus: António Carlos do Rosário, antigo PCA das empresas ProIndicus, MAM e EMATUM, e também Gregório Leão, antigo Director-geral do SISE.

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