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Iniciativa de formação profissional apoia jovens deslocados internos e da comunidade de acolhimento

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC) lançaram um projecto de formação profissional para mais de 200 jovens deslocados e residentes das comunidades de acolhimento.

O apoio do ACNUR para este projecto totaliza mais de MZN 11.7 milhões, que financiarão a formação de jovens moçambicanos em nove áreas distintas, nomeadamente carpintaria, serralharia civil, técnica de fabrico de blocos, pedreiro, canalização, secretariado, frio e climatização, pintura civil e electricidade instaladora. Esta formação visa prover ferramentas e aptidões de vida, bem como oportunidades de aprendizagem.

Para além dos jovens de ambos os sexos que fugiram do conflito armado na província de Cabo Delgado, a iniciativa promove a igualdade de género para que raparigas e mulheres tenham acesso à formação técnico-profissional.

“O ACNUR tem o prazer de oferecer a estes jovens espaços de aprendizagem seguros. Esta oportunidade contribui para a coesão social e promove a auto-suficiência”, disse Samuel Chakwera, representante do ACNUR em Moçambique.

“No âmbito deste projecto, as mulheres têm acesso a domínios tipicamente associados a homens, e apraz-nos ver que as primeiras escolhas entre as mulheres inscritas no programa são cursos de canalização e electricidade instaladora, provando que as mulheres moçambicanas estão dispostas a mudar os estereótipos existentes.”

A colaboração entre o ACNUR e o IFPELAC visa incentivar o desenvolvimento económico de Cabo Delgado e garantir mais e melhores recursos e qualificações laborais pensadas de acordo com a demanda de mercado.

“Esta parceria é extremamente importante, visto que permite que, em tempo real, o IFPELAC consiga alcançar um número maior de jovens preparados para acesso a um trabalho decente”, disse o delegado do IFPELAC, João Massingue.

O apoio do ACNUR à iniciativa de formação profissional no IFPELAC, formalizado nesta semana, terá continuidade em 2022. Além de apoiar os custos de inscrição, o apoio do ACNUR permite a compra de ferramentas e consumíveis, kits de trabalho e uma ajuda de custo para que os formandos possam atender a formação.

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