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INGC deve mudar a imagem de distribuidor de donativos às comunidades

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades deve mudar a visão de instituição que age depois dos impactos dos desastres naturais e distribui donativos, que as comunidades têm. Esta recomendação é do vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, que falava ontem, na abertura do XI Conselho Consultivo do INGC

O Conselho Consultivo do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades está reunido no distrito de Bilene para analisar o seu desempenho com base nas actividades planificadas para o quinquénio. No seu discurso de abertura, o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública falou do défice existente no Plano de Contingência, que vai testar a capacidade de mobilização de recursos do INGC. Albano Macie deixou vários desafios, um deles é a necessidade de mudar a percepção que as comunidades têm da instituição.

“Associa-se as acções do INGC a colecta, organização e distribuição de donativos. Ao repasse de recursos públicos as zonas atingidas pelos desastres naturais ou coordenação dos serviços de protecção em eventos extremos. Mas é preciso mudar esse paradigma. O segundo desafio é apostar na gestão integrada de riscos e desastres intimamente ligada a uma visão sustentável da sociedade”, recomendou Macie.

Por sua vez, a Governadora de Gaza fez saber que nos próximos 10 anos Gaza quer estar mais resiliente e falou das evoluções registadas nos distritos de Chigubo e Massangena que foram fortemente afectados pela seca, na passada época chuvosa.

“A componente da resiliência é algo que está bem patente, porque a população da província de Gaza já não quer ser vista como aquela que é o símbolo da pobreza extrema. E o nosso objectivo é que até 2028 estejamos livres da pobreza extrema e da fome. E para alcançar esse objectivo precisamos do apoio do INGC”, disse Stela Zeca.

“Prontidão Estratégica e Operacional na Gestão do Risco de Desastres. Um dever de todos”. É o lema escolhido para o XI Conselho Consultivo, que segundo a directora-geral do INGC espelha os desafios que a instituição tem no que diz respeito a capacidade para lidar com os desastres e seus impactos.

“Nas nossas reflexões precisamos ver no cenário actual quais são as condições que temos e que soluções nos propõem, enquanto membros deste organismo. Para fazer face não só a esta época-chuvosa, como também aos futuros desafios, que se impõem a nossa instituição”, apelou Augusta Maíta.

O Conselho Consultivo do INGC tem a duração de três dias, e dele participam directores nacionais, regionais, delegados provinciais, chefes de departamentos e técnicos.

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