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INE garante fim do impasse com formadores

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) anunciou que está ultrapassada a agitação registada entre os formadores em capacitação, com vista ao IV Recenseamento Geral da População e Habitação, marcado para a primeira quinzena de Agosto próximo, em todo o país.

“A onda de agitação ocorrida, que está agora controlada, resultou da falta de comunicação com os agentes em capacitação e, talvez, uma outra interpretação por parte deles, o que resultou na acção revoltosa. A capacitação para o censo geral em curso não é a primeira e estimamos em perto de 196 mil o universo de pessoas que estarão directamente envolvidas no processo”, disse o porta-voz do INE.

Cirilo Tembe, que falava após a terceira sessão do Conselho Coordenador do Recenseamento Geral da População e Habitação, órgão do sistema estatístico nacional, havida hoje em Maputo e que foi orientada pelo primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, na presença de outros ministros que integram o organismo, explicou o processo de formação: “Começámos com a capacitação de 37 agentes formadores que, após um concurso público de nível nacional, foram concentrados em Maputo, onde o seu alojamento e alimentação, sem pagamento de nenhum subsídio, foram suportados pelo INE.

Após a consumação da sua formação, partiram para a formação dos formadores a nível regional. Para o efeito, o INE criou quatro pontos regionais, na província de Gaza, para o Sul; Manica, para a zona Centro; e Nampula, para o Norte. Foi também criado o quarto centro, na província da Zambézia, por ser das mais populosas do país, juntamente com Nampula”.

O porta-voz do INE explicou que, nas capacitações, está a ser usado o mesmo modelo das anteriores formações, onde não se prevê o pagamento de subsídios: “Na capacitação, que não previa o pagamento de nenhum subsídio, está a ser seguido o mesmo procedimento dos anteriores processos, não obstante o queixume levantado”.

Após a confusão que surgiu em alguns centros de capacitação, para não comprometer o processo, o INE reuniu com os parceiros de cooperação, sendo que o meio-termo encontrado foi dar duas opções aos formandos: a primeira, manter o modelo inicial de não pagamento de subsídios e, a segunda, atribuir 1.225 meticais definidos no orçamento para a capacitação de cada formando, sob condição de se responsabilizarem pela sua logística. “Alguns formandos optaram por continuar nas condições iniciais e outros optaram por levar o valor e assegurar toda a logística por conta e risco próprios. Mas o certo é que a situação está agora controlada e, quiçá, ultrapassada”, esclareceu Tembe.

A terceira sessão do Conselho Coordenador do Recenseamento Geral da População e Habitação também passou em revista questões de execução orçamental para o censo, orçado em 45 milhões de dólares, e aspectos ligados a questões legislativas.
O censo que está a ser preparado desde o ano passado vai envolver 120 mil pessoas, entre inquiridores, recenseadores, controladores, guias e motoristas, sendo que, ao todo, poderão ser usados 79 milhões de dólares.

 

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