A Inspecção Nacional de Actividades Económicas, INAE e PRM desmantelam na Matola uma unidade de falsificação da validade de produtos alimentares e de higiene, colocando em perigo a saúde pública.
Vista de fora, a residência não denuncia o que se faz no seu interior. Mas é precisamente na garagem onde era feito todo o processo da troca da validade dos produtos.
Há quantidades não especificadas de produtos, todos eles com prazos já vencidos mas devido a acção criminosa dos ocupantes desta casa, os produtos ganham novos prazos de validade mesmo estando deteriorados.
O tiner é usado para humedecer a superfície, o cotonete para apagar e a caneta permanente para escrever as novas datas de validade.
O azeite, as gebres, massas espaguetes e sabonetes são o exemplo desses produtos com prazos adulterados.
A INAE e a PRM chegaram a esta residência depois que foi detido o homem que fazia venda ambulante destes produtos na cidade de Maputo e o referido homem denunciou os seus alegados comparsas. Os ocupantes da casa arrendaram-na há três meses e o seu proprietário diz que não sabia que o imóvel era usado para actividades ilícitas.
Quando se aperceberam da presença da polícia, três homens desataram a correr e escalaram o muro rumo à parte incerta. A chefe de quarteirão 54 aqui no bairro Primeiro de Maio foi colhida de surpresa com esta realidade.
Na última semana saiu da residência, segundo informações avançadas pela inspectora-geral da INAE, um camião carregado destes produtos com destino a Nampula. E já foi lançado o alerta para que seja desactivida a rede de distribuição destes produtos.