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Inácio Bernardo já não é presidente do Desportivo Maputo

A Direcção do Grupo Desportivo Maputo submeteu, esta quinta-feira, o seu pedido de demissão junto à Mesa de Assembleia Geral da colectividade, pedido aceite. Este é fim de uma novela que envolveu vários contornos, desde as manifestações dos sócios e adeptos, a falta de pagamento de salários, quer aos jogadores, treinadores e pessoal de apoio das várias modalidades, passando pelos funcionários, que chegaram a fazer greve na sede da colectividade.

Em conferência de imprensa para confirmar esta demissão da direcção “alvi-negra”, Danilo Liasse começou por dizer que “o presidente do Grupo Desportivo Maputo eleito, e a sua direcção, hoje, apresentaram a demissão ao presidente da Mesa da Assembleia Geral, e esse pedido foi aceite, pelo que, a partir de hoje, Inácio Bernardo e a sua direcção, já não dirigem o Desportivo Maputo”.

Este pronunciamento colocou ponto final à dinastia de Inácio Bernardo e seus pares no comando do Grupo Desportivo Maputo.

As recentes manifestações ocorridas esta quarta-feira e todas outras formas de repúdio dos sócios e adeptos da colectividade “alvi-negra” estiveram por detrás desta decisão.

Para além disso, Danilo Liasse disse que há outros factores que estiveram por detrás dessa decisão, nomeadamente o facto de já não haver um bom ambiente de trabalho para a direcção, mas também “para salvaguardar a imagem da Grupo Desportivo Maputo e acima de tudo, fazer com que os objectivos que a direcção e o presidente, quando tomaram posse tiveram desde cedo, que é o bem-estar do clube e da família alvinegra”.

O próximo passo é a marcação da Assembleia Geral extraordinária para a eleição de novos corpos gerentes do Desportivo Maputo. “Foi solicitado no mesmo pedido ao presidente da MAG a convocação de uma AG para dia 31 de Outubro, as 09 horas, na sede do grupo Desportivo Maputo e foi aceite”, segundo confirmação da direcção demissionária, Danilo Liasse.

Ainda assim, a funcionalidade da colectividade não ficará afectada com esta demissão, ou seja, todos processos inerentes a legalização dos “alvi-negros” para a sua participação no Moçambola 2020 estão acautelados. Danilo Liasse garantiu que “vamos fazer com que esse processo siga os seus trâmites normais e que a equipa de futebol possa estar e participar condignamente no Moçambola”.

Relativamente à questão dos salários em atraso, tanto para os atletas, treinadores e funcionários, Liasse disse que é um assunto que cabe à direcção cessante e os jogadores tratarem e “vai ser resolvido no momento certo e com as pessoas certas”.

Este é o agudizar da crise no Desportivo Maputo, depois da demissão do treinador, Dário Monteiro, e da saída de alguns atletas do clube.

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