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Human Rights Watch denuncia Príncipe herdeiro saudita

A  Human Rights Watch, uma organização internacional de defesa de direitos humanos, submeteu na última segunda-feira, uma petição na Argentina, em que descreve supostas violações do direito internacional cometidas durante o conflito armado no Iémen, pelo  Mohammed bin Salman, enquanto ministro da defesa da Arábia Saudita. A submissão também destaca sua possível cumplicidade em alegações de tortura e maus-tratos de cidadãos sauditas, incluindo o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.

Segundo Kenneth Roth, director-executivo da Human Rights Watch citado pelo site da mesma organização, “as autoridades do Ministério Público argentino devem investigar o papel de Mohammed bin Salman em possíveis crimes de guerra cometidos pela coalizão liderada pela Arábia Saudita desde 2015 no Iémen”.

Desde Março de 2015, a coalizão liderada pela Arábia Saudita realizou inúmeros ataques aéreos contra civis no Iémen, atingindo casas, escolas, hospitais, mercados e mesquitas. Em 2016, a coalizão criou uma equipe para investigar os ataques, entretanto, uma pesquisa da Human Rights Watch descobriu que o órgão não cumpriu os padrões internacionais de transparência, imparcialidade e independência.

O príncipe herdeiro poderá participar da Cúpula do G20 em Buenos Aires, no dia 30 de Novembro de 2018, e a organização que denuncia espera que no contexto do evento, Argentina tome alguma posição em relação ao assunto.

A constituição da Argentina reconhece a jurisdição universal para crimes de guerra e tortura. Isso significa que as autoridades judiciais do país têm poderes para investigar e processar esses crimes, independentemente de onde foram cometidos e independentemente da nacionalidade dos suspeitos ou de suas vítimas.

Mohammed bin Salman, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita supervisiona todas as forças militares sauditas e serviu como comandante da coalizão internacional que vem realizando uma campanha militar no Iémen.

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