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Human Rights denuncia exploração e abuso sexual de adolescentes no Senegal

A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) publicou um relatório onde denuncia exploração e abusos de alunos adolescentes em escolas no Senegal, contrariando os esforços adotados pelo país no acesso de raparigas ao ensino secundário.

No relatório, intitulado "Não é Normal: A Exploração Sexual, Assédio e Abuso em Escolas Secundárias", são documentados abusos conduzidos por professores e funcionários de escolas secundárias contra estudantes, naquele país, escreve o Notícias ao Minuto.

"Apesar de tudo, o Senegal reconhece que a violência sexual é um problema sério", disse Elin Martinez, investigadora para os direitos das crianças na Human Rights Watch, acrescentando que, ainda assim, "muitos professores saem impunes à exploração sexual e assédio às suas estudantes, que toleram as ofensas sexuais para progredir na escola secundária".

A organização sublinha que o assédio e coação de estudantes para propósitos sexuais e abuso de poder e autoridade pelos professores no Senegal pode levar a uma pena de prisão até dez anos.

A HRW considera que "tabus e estigmas sociais têm silenciado muitas raparigas e jovens mulheres afectadas pela prática", o que não permite saber a extensão da prevalência destes abusos sexuais.

De modo a garantir um ambiente seguro para a aprendizagem, algumas escolas senegalesas adoptaram políticas de "tolerância zero" ou desenvolveram mecanismos para que as vítimas se sintam confortáveis quando reportam estas práticas.

A organização apela ao Governo senegalês para adoptar medidas de resposta mais fortes para terminar os abusos, incluindo uma política nacional que "clarifique o que constituem comportamentos ilícitos ou inapropriados".
 

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