O País – A verdade como notícia

“HIV e SIDA continua a deixar milhares de crianças órfãs e vulneráveis no nosso país”, considera Isaura Nyusi

Foto: GPR

Segundo a esposa do Presidente da República, o Dia Mundial de Luta contra a SIDA, celebrado desde 1988, surge para reforçar a compaixão, entendimento, empatia e solidariedade para com as pessoas infectadas e afectadas pela epidemia.

Este ano, a efeméride é comemorada sob o lema “Acabar com as desigualdades”. Acabar com a SIDA. Acabar com as pandemias”.

“Este lema faz referência à importância urgente de acabar com as desigualdades. Estamos a falar, por exemplo, sobre o acesso das crianças aos serviços de saúde, o acesso ao tratamento anti-retroviral, o acesso ao serviço de prevenção da transmissão vertical, entre outros. Ao acabarmos com as desigualdades, estaremos a dar passos significativos para acabar com a SIDA. Para tal, precisamos de ser ousados para vencer não só a SIDA, mas também a COVID-19”, disse a Primeira-Dama.

Para Isaura Nyusi, o primeiro de Dezembro é celebrado numa altura em que a epidemia do HIV e SIDA continua a constituir um dos mais destacáveis desafios de saúde pública em Moçambique.

As estimativas de 2020, indicam uma redução do número de novas infecções pelo HIV de cento e cinquenta mil (150.000) em 2010, para noventa e oito mil (98.000) em 2020. As mortes relacionadas à SIDA, também baixaram significativamente de sessenta e cinco mil (65.000) em 2010, para trinta e oito mil (38.000) em 2020.

O número de pessoas vivendo com o HIV é de cerca de dois milhões e cem mil (2.100.000), sendo que cento e trinta mil (130.000) são crianças com menos de 15 anos de idade.

As raparigas adolescentes e mulheres jovens contribuem com um grande número de novas infecções por HIV. Estas foram responsáveis por vinte e oito mil (28.000) novas infecções pelo HIV, num universo de noventa e oito mil (98.000) novas infecções em Moçambique, o que corresponde a 29% (vinte e nove por cento) de todas as novas infecções, deixando claro que é preciso realizar acções de maior impacto que contribuirão para a redução de novas infecções no seio deste grupo.

“Face a este cenário, queremos de viva voz, manifestar a nossa total solidariedade para com todas as crianças, adolescentes, mulheres jovens e adultos vivendo com HIV, bem como a nossa disponibilidade em continuar a dar todo o apoio que for necessário, para mitigar os impactos negativos desta epidemia.

Exortamos ainda, a todas as forças vivas da sociedade, para combater as desigualdades, de modo a acabarmos com HIV, como ameaça à saúde pública até 2030”, concluiu a Isaura Nyusi, que defende acções contínuas para a Eliminação da Transmissão Vertical do HIV, bem como para garantir que as crianças expostas ao HIV, sejam diagnosticadas e iniciem o tratamento anti-retroviral o mais rápido possível e, manter sempre as mulheres em idade reprodutiva com carga viral indetectável e aumentar as intervenções biomédicas para a prevenção primária do HIV.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos