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“Hidroeléctricos” regressam depois de “quase” electrocutar o Ngaya

Os campeões nacionais iniciaram, hoje, uma viagem que só termina amanhã, depois do empate a uma bola, diante do Ngaya das Comores, na estreia da equipa na prova milionária da Liga dos Campões africanos. O jogo inseria-se na primeira mão da primeira eliminatória de acesso a fase de grupos da Liga dos Campeões Africanos.

A União Desportiva de Songo aterra na tarde de amanhã na capital do país, de regresso de Moroni, onde domingo último disputou o jogo da primeira mão da primeira eliminatória de acesso a fase de grupos da Liga dos Campeões africanos, num jogo em que terminou empatado a uma bola.

Foi, de resto, um jogo em que os campeões africanos, que faziam o seu terceiro jogo oficial nas afrotaças, depois de ano passado ter feito duas partidas diante do SuperSport United da África do Sul, para a Taça CAF, em virtude de ter vencido a Taça de Moçambique, em 2016. E porque nos dois jogos do ano passado, diante da equipa sul-africana, os “hidroeléctricos” saíram a perder pelo mesmo resultado de 0-1 (fora e em casa), este ano marcaram o seu primeiro golo e conseguiram o seu primeiro ponto.

Agora, a União Desportiva de Songo tem, sensivelmente, oito dias para preparar o jogo da segunda mão, que terá lugar no “caldeirão” do Chiveve, cidade da Beira, a 21 de Fevereiro corrente, ou seja, quarta-feira da próxima semana.

É um jogo que já há elementos do jogo, casos dos árbitros, que são todos vindos do Zimbabwe e chefiado por Nomore Murambiwa Musundire, tendo assistência de Thomas Kusosa e Luckson Mhara

Ngaya quase sentiu choque dos "hidroeléctricos"
Hélder Pelembe, o reforço da União Desportiva de Songo, foi quem marcou o golo dos moçambicanos nesta sua primeira aventura pelas lides da liga milionária africana, a liga dos campeões.

E parecia ser um jogo fácil para os campeões nacionais, que marcaram logo ao minuto seis, na marcação de um pontapé de canto, com Hélder Pelembe a facturar e a abrir o activo.

Tinha entrado bem para o jogo a equipa do distrito de Songo, que queria resolver o quanto antes a eliminatória, de modo a que no jogo da segunda mão tivesse mais vantagem.

Aliás, Chiquinho Conde entrou com uma equipa ofensiva com um 4x4x2 que se confundia com um 4x3x3, com Banda e Hélder Pelembe a serem os mais adiantados e muito bem apoiados por Cremildo, que por vezes fugia do meio campo, onde fazia quarteto com Kambala, Jimmy e Nhaminga, um jogador que vem do Sporting da Beira para mostrar seu valor e entrar no onze inicial da UD Songo, na sua estreia internacional.
A defesa também estava fortificada, com Butana, Gildo, Mano e Tony a frente de Leonel, que estava na baliza.

Mas mesmo com a pressão que o campeão moçambicano exercia dentro das quatro linhas, não conseguia traduzir em golos o seu domínio, tendo falhado alguns lances de digno realce, segundo informações da delegação moçambicana que esteve nas Comores.
O intervalo chegou com a União Desportiva de Songo em vantagem no jogo e na eliminatória.

Na segunda parte os locais entraram mais fortes e começaram a incomodaram Leonel, mas com uma defensiva bem compacta, a União Desportiva de Songo conseguia manter a vantagem.

Mas Chiquinho Conde não estava satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos e fez algumas mexidas, nomeadamente com a saída de Jimmy para a entrada de Amadou, ainda no primeiro quarto da segunda parte e logo depois a entrada de Eusébio, ex-Liga Desportiva de Maputo, para o lugar de Inhaminga, que de tudo fez para tapar a intermediária adversária.

So que depois de tanta pressão dos locais, a defensiva moçambicana acabou cedendo e o Ngaya chegou ao golo de empate a passagem do minuto 34, por intermédio de Said Ibouroi Hadji para festa e gáudio dos adeptos que lotavam por completo o estádio.

Daí para frente, a União Desportiva de Songo correu atrás do segundo golo, que daria alguma tranquilidade para o jogo da segunda mão, facto que não mais aconteceu, mesmo com a pressão exercida. Afinal a equipa local já tinha-se remetido à sua zona recuada, fechando todos caminhos que davam à sua baliza.

Nem mesmo a entrada de Mário Sinamunda, já no finalzinho do jogo, para o lugar do autor do golo, Hélder Pelembe, alterou o resultado do jogo.

Com este empate terminava o jogo que, ainda assim, dá alguma vantagem aos moçambicanos que precisam de vitória, com qualquer número de golos.

Recordar que caso passe esta eliminatória, os campeões nacionais terão pela frente a toda poderosa formação congolesa do TP Mazembe.

1-1 é o resultado finaldo jogo entre a União Desportiva de Songo e o Ngaya das Comores, que dá alguma vantagem aos moçambicanos para o jogo da segunda mão.

 

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