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“Heróis de Dakar” homenageados em Lisboa

Fizeram história. Elevaram bem alto a bandeira multicolor de Moçambique na Arena de Dakar, Senegal. Fizeram o hino nacional, Pátria Amada, entoar bem alto no palco da 4.ª edição do CAN de futebol de praia.

Asseguraram, meritoriamente, a qualificação inédita para o Mundial de futebol de praia na estreia absoluta no Campeonato Africano da modalidade, competição na qual terminaram na segunda posição.

O seu feito continua, e outra coisa não seria de esperar, a ser exultado dentro de fora do país. Esta terça-feira, em Lisboa, Portugal, a selecção nacional de futebol de praia foi homenageada e premiada financeiramente no valor monetário de 150 euros para cada jogador.

A iniciativa pertenceu ao Embaixador das selecções nacionais de futebol na Europa, Cláudio Ventura, num jantar de confraternização que contou com a presença do Embaixador de Moçambique em Portugal, Joaquim Bule; Secretário de Estado de Desporto, Carlos Gilberto Mendes; presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat; entre outras figuras.

Na ocasião, o Embaixador de Moçambique em Portugal, Joaquim Bule, manifestou total abertura para que o combinado nacional possa desfrutar de qualquer apoio sempre que estiver na terra de Camões.

Bule disse ter ficado satisfeito com o posicionamento dos elementos da delegação moçambicana em Nazaré, Portugal, palco do estágio pré-competitivo antes da heroica prestação no CAN.

Por sua vez, o Secretário de Estado do Desporto, Carlos Gilberto Mendes, enalteceu o feito e desafiou os jogadores a darem o seu melhor no Mundial, prova na qual terão pela frente adversários de grande gabarito.

Já o Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, garantiu que esta agremiação irá criar todas as condições para que o país tenha uma boa prestação no Mundial da Rússia.

Regra geral, os presentes encorajaram o seleccionador nacional de futebol de praia, Abineiro Ussaca, a continuar a dimensionar esta modalidade, elevando as qualidades dos jogadores e colocando Moçambique na rota das grandes competições.

Participaram, ainda, no evento Zefanias Matavele e Lázaro Quinhas, desportistas que têm acompanhado a par e passo a evolução e desempenho das selecções nacionais de diversas modalidades.

Com a qualificação para a final do CAN de futebol de praia, Moçambique ganhou o direito de representar África no Campeonato do Mundo, prova a realizar-se de 19 a 29 de Agosto próximo, na Rússia.

Com uma campanha irrepreensível, Moçambique, inserido no grupo “B”, derrotou o Egipto por 7-5.

Os tentos dos vice-campeões africanos foram da autoria de Nelson, que assinou um poker, Rachide (bisou na partida) e  Fadil.

Na segunda jornada, a selecção nacional de futebol de praia derrotou as Seychelles, por 7-3, com tentos de Nelson (hatrick), Yuran (bis) e Fadil. Terrence, Tommy e Lourdy foram os autores dos golos das Seychelles.

Já na 3ª jornada, Moçambique bateu a sua similar do Marrocos por duas bolas a uma, num encontro equilibrado. Os golos de Moçambique foram da autoria de Nelson e Rachide.

 

NELSON EXULTA COM TÍTULO DE MVP

Chegou, viu e venceu. Nelson João, defesa moçambicano, foi o melhor marcador do Campeonato Africano de futebol de praia com um total de 10 golos, carregando, desta forma, a “bota de ouro”.

As excelentes exibições não passaram despercebidas aos olhos dos organizadores que, rendidos à sua classe, nomearam o internacional moçambicano como melhor jogador da prova. Uma distinção que recebeu com muito orgulho e agrado.

“Como imaginam, estou muito feliz, são títulos individuais que são fruto de muito trabalho, muita entrega, muita dedicação do meu grupo e toda selecção partindo dos técnicos, da federação, dos simpatizantes e pessoal que esteve comigo ao lado e a minha família em especial. Dedico estes troféus ao meu falecido pai”, disse o MVP do Campeonato Africano de futebol de praia.

Moçambique puxou dos galões nas meias-finais para arrancar uma exibição segura frente ao Uganda, adversário que venceu por 6-3. Boa bola. E, já na final, entrou mal diante do Senegal que não só se adiantou no marcador como também controlou o jogo.

“Infelizmente, não conseguimos virar o resultado e perdemos. Porém, isso não é motivo de tristeza, porque já alcançamos objectivo que é passar para o CAN e, daqui em diante, é só tentarmos corrigir o que não deu certo, as lacunas, os erros para que adiante tenhamos uma boa prestação”, justificou Nelson.

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