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Hepatites causam 1.4 milhão de mortes anualmente no mundo

Celebra-se, hoje, o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites. Sem se referir a dados concretos sobre Moçambique, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, diz que a doença mata anualmente 1. 400.000 pessoas no mundo, e é preciso assumir um compromisso para travar a situação.

Num dia em que se celebra o Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites, uma doença infecciosa que ainda preocupa o sector de saúde em todo mundo, o número de mortes é ainda assustador, à semelhança do que acontece com os óbitos do HIV-SIDA, anualmente.

Segundo o ministro da Saúde, há necessidade de unir o útil ao agradável para diminuir a propagação das hepatites no mundo, sobretudo, em Moçambique.

As autoridades sanitárias dizem, ainda, estar cientes das complicações que podem surgir no programa que visa reduzir cerca de 10 milhões de infecções por ano no mundo para 900 mil até o ano de 2030.

De acordo com o Ministério da Saúde, as hepatites virais são a sétima maior causa de mortes no mundo e todos devem colaborar para o combate desta doença.

 

MAIS DE DOIS MILHÕES DE PESSOAS VIVEM COM HEPATITES EM MOÇAMBIQUE

Celebrou-se, ontem, o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites, um problema de Saúde Pública no mundo. Em Moçambique, estima-se que dois milhões de indivíduos são portadores crónicos da Hepatite B, o que representa uma prevalência de 6,9%.

A informação foi avançada pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, que, na ocasião, fez saber que a Hepatite C afecta um por cento da população, perfazendo um total de 249.200 casos.

A doença afecta, maioritariamente, pessoas que injectam drogas, mas, actualmente, a transmissão vertical, durante o parto, constitui preocupação, pois 90% dos recém-nascidos infectados por transmissão vertical desenvolvem a hepatite crónica.

Os dados não param por aí e, segundo Armindo Tiago, preocupam, pois, anualmente, 1.400  mil pessoas no mundo morrem por conta da doença. Por isso, chama atenção e diz que é preciso assumir um compromisso para travar a situação, pois o número de mortes é comparado aos óbitos do HIV/SIDA, anualmente.

“A doença é, também, equiparada a outras que constituem importante problema de Saúde Pública, como a malária e a tuberculose, que registam, anualmente, 900 mil e 1.3 milhões de mortes, respectivamente”.

Tiago diz que o número de óbitos pela doença aumentou em 63% nos últimos 30 anos e, por isso, é classificada como a sétima principal causa de morte em todo o mundo, pelo que considera a necessidade de unir o útil ao agradável para diminuir a propagação das Hepatites no mundo, sobretudo, em Moçambique.

“Apesar de ainda não se reconhecer a verdadeira gravidade do problema, há que assumir um compromisso para combater a doença, implementar estratégias para o diagnóstico e início atempado para o tratamento”, disse.

O governante avançou que Moçambique está de mãos dadas com os planos da Organização Mundial da Saúde de reduzir a incidência das infecções crónicas por hepatite, dos actuais seis a 10 milhões de casos por ano para 900 mil até 2030, como também reduzir as mortes anuais por hepatite crónica, dos actuais 1,4 milhões para menos de 500 mil até 2030.

Segundo a fonte, Moçambique está ciente das dificuldades que tem pela frente e, por isso, foi lançada a campanha “As Mães Não Podem Esperar ”, cujas acções estão focalizadas em que a “vacinação à nascença dos recém-nascidos, a testagem às mulheres grávidas e o financiamento para as campanhas de luta contra as Hepatites, nada afim possa esperar”.

O ministro comprometeu-se, ainda, a trabalhar no desenvolvimento de políticas públicas para fazer face às hepatites, como também na divulgação da gravidade da doença aos trabalhadores da Saúde, autoridades locais e a toda a população.

“Temos consciência de que vamos enfrentar desafios durante a implementação do programa que visa reduzir a incidência das infecções crónicas e dos óbitos, mas as nossas expectativas são grandes. Há que termos coragem e firmeza pois é condição à partida para se alcançarem os resultados que esperamos”, sublinhou.

Armindo Tiago lamentou o facto de o problema de hepatites crescer numa altura em que o sistema de saúde, a nível global, luta contra a pandemia da COVID-19 e acrescentou que devem ser implementadas acções coesas e ambiciosas para garantir o bem-estar da Saúde Pública.

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