O Hospital Central de Maputo (HCM) vai accionar serviços de Radioterapia até segunda semana de Julho, que vão oferecer tratamento oncológico utilizando radiações ionizantes, com tecnologia de ponta, noticia a AIM
Ridwaan Esmail, responsável para a área de Imagiologia e Radioterapia no Ministério da Saúde (MISAU), explica que, introduzindo estes serviços, Moçambique estará a dar um grande passo no tratamento de pessoas padecendo de diversos tipos de cancro.
Segundo Esmail, estes préstimos vão mitigar o sofrimento de pacientes que sofrem de cancro, que geralmente recorrem a países como África do Sul, Portugal e Índia para fazer a radioterapia.
Alguns, segundo disse, ainda conseguem junta médica passada pelo Estado, mas outros usam recursos próprios, tornando o tratamento mais oneroso.
“Fizemos um levantamento de pacientes tratados no estrangeiro via junta médica em 2016 e constatámos que 159 foram a países como Índia, Portugal e África do Sul. O tratamento custou cerca de 80 a 120 mil rands por pessoa. Isto quer dizer que o Estado gastou, em 2016, cerca de 1.363.000 dólares norte-americanos com este tipo de tratamento”, observou Esmail.
Em relação ao serviço, Esmail disse que terá capacidade de tratar anualmente uma média de 300 pacientes parecendo de diversos tipos de cancro.
Para assistir estes enfermos, já foram treinados profissionais de saúde, entre médicos, técnicos de saúde, enfermeiros e pessoal de apoio. Ao todo, serão 12 quadros da saúde que constituirão a “família” dos serviços de Radioterapia do HCM.
O anúncio do início destes serviços em Moçambique acontece numa altura em que são escassos os dados sobre o número exacto de pessoas padecendo de doenças do fórum oncológico.
Contudo, com base nos três registos de cancro de base populacional existentes nos hospitais centrais de Maputo, Beira e Nampula, estima-se que o país registe anualmente 3500 novos casos de cancro. Até aqui, a cirurgia e a quimioterapia constituem as principais formas de tratamento destas enfermidades em Moçambique.
