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Hama Thai diz que 60 anos da Frelimo devem inspirar resposta aos novos desafios

O General António Hama Thai diz que as seis décadas da Frelimo devem servir de inspiração para resolver os problemas que Moçambique enfrenta na actualidade. Hama Thai falava, hoje, numa aula aberta a estudantes e docentes, na Cidade de Maputo.

A Frelimo celebra, no próximo dia 25 de Junho, 60 anos da sua existência e o veterano da Luta Armada de Libertação Nacional, António Hama Thai foi chamado a falar sobre o Libertação, Educação e Sociedade, seis décadas após a criação do movimento.

Perante estudantes e docentes universitários, Hama Thai disse que o percurso da Frelimo deve servir de exemplo para que o país supere as adversidades que enfrenta.

“As seis décadas da Frelimo representam a epopeia singular do povo moçambicano sob a liderança desta organização. Cada década teve o seu contexto e os seus desafios específicos, por exemplo, a Luta de Libertação Nacional, a queda do colonialismo e a conquista da independência. Sugere-se que a sociedade moçambicana busque, nestas seis décadas, inspiração suficiente para superar os desafios de hoje e de amanhã”, defendeu Hama Thai.
À camada jovem, Hama Thai apela para que defendam os seus ideais e que tenham espírito patriótico. “A Frelimo defende a participação activa da juventude em todas as esferas da vida do país, em particular na tomada de decisões e na luta pelo progresso da sociedade. O partido vai continuar a promover acções em prol da equidade de género em todas as esferas da vida política e económica do país”, frisou o General.
Segundo o General da Reserva, um dos maiores ganhos dos 60 anos da Frelimo está no sector da educação, com a redução do índice de analfabetismo.

“Em 1975, a taxa de analfabetismo estava acima de 95 por cento e, hoje, ronda em 43 por cento. Havia 650 mil alunos moçambicanos em todo o país, hoje falamos de seis milhões, dos quais 240 mil são do ensino superior, distribuídos pelas 55 universidades”, concluiu Hama Thai.

Em relação às eleições distritais de 2024, assunto que domina os debates actuais, o General Hama Thai diz que os partidos políticos devem conversar sobre o adiamento ou não. Hama Thai entende que a negociação é a única solução para o assunto.

“O que aconteceu é que houve um acordo que foi negociado. Agora, na minha opinião, se o acordo foi negociado e há algum impedimento na implementação, era necessário voltar a discutir a questão, é o que me parece racional. Assumir um compromisso, tenho dificuldade em implementar o compromisso, eu preciso de notificar a outra parte para ver como é que fazemos para implementar o compromisso assumido. Para mim, essa seria a forma mais racional e aquilo que a ciência iria recomendar”, defendeu o General.

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