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Há mais novos ingressos que alunos que concluem ensino primário

Moçambique ainda está longe de atingir os níveis regionais de conclusão do ensino primário e secundário. Uma avaliação de desempenho e execução orçamental feita pelo UNICEF revela que as taxas de novos ingressos nos dois níveis são quase o dobro em relação as taxas de conclusão. Ou seja, de 2010 a esta parte, anualmente há 88 por cento de novos alunos no ensino primário, mas a média dos que concluem a 7ª classe é de apenas 48 por cento, quase metade.

Denominado “Informe Orçamental 2017: Educação”, o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância, lançado recentemente, em Maputo, começa por reconhecer avanços nas taxas de admissão e conclusão registadas entre 2000 e 2010, mas alerta que desde então as taxas estão estagnadas.

“Moçambique ultrapassou os seus pares da região e dos países de baixa renda mas continua longe de atingir os níveis dos seus pares em termos de conclusão do ensino primário”, lê-se no documento.

O documento revela que no tocante às admissões no ensino secundário, o país melhorou de 3 por cento em 2000 para 18 por cento em 2014 mas continua 15 pontos percentuais atrás da média dos países de baixa renda e 25 pontos abaixo dos países da África Subsaariana. O UNICEF explica para poder esperar melhorias significativas de admissão e conclusão do ensino secundário, o país terá de melhorar as taxas de conclusão do ensino primário.

“Um aluno não se pode matricular no ensino secundário – nem concluir o ensino secundário – sem primeiro ter concluído o ensino primário”, diz o documento que acrescenta que “o absentismo e fraca capacidade dos professores são os dois factores principais que contribuem para desempenho moderado nos últimos anos”.

O documento termina recomendando o sector da educação a resolver estes problemas para poder equiparar-se ao desempenho dos seus pares.

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