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Há falta de enfermeiros no Hospital Central de Maputo

Foto: O País

O Hospital Central de Maputo (HCM) tem défice de enfermeiros, sendo que dos cerca de 2500 necessários, conta, actualmente, com cerca de 750.

Assim, um enfermeiro atende entre 40 a 50 doentes ou até mais para realizar todos os procedimentos de enfermagem. E esta foi a principal reclamação da classe no Dia do Enfermeiro.

A informação foi avançada pela directora de Enfermagem do HCM, durante o evento em que dezenas de enfermeiros daquela unidade hospitalar, no meio a cânticos, marcharam para marcar a efeméride.

“Precisamos de 2500 profissionais para responder com dignidade aos nossos pacientes, e essa é uma das nossas dificuldades. Esse défice faz com que as condições do nosso trabalho não sejam das melhores”, lamentou uma enfermeira.

Apesar dos desafios, a classe, que entende que os enfermeiros são a ponte de todos os cuidados, devido aos diversos procedimentos que realizam, comprometeu-se a continuar com o seu trabalho.

Farida Urci, directora clínica do HCM, disse que a direcção da maior unidade sanitária do país, não está alheia às reclamações do grupo, reconhece e de tudo faz para melhorar as condições de trabalho da “classe que mais permanece ao lado do paciente”.

“É graças a vocês que o tratamento e diagnóstico têm sido positivos para os pacientes que vocês cuidam. Reconhecemos o vosso esforço, temos tentado fazer o máximo que podemos para melhorar as condições de trabalho”, reconheceu a médica, para depois apelar para que “continuem a executar a vossa actividade com qualidade e humanizada como têm estado a fazer”.

Durante a celebração, houve reconhecimento dos enfermeiros que, durante os momentos difíceis que o país atravessou por conta da pandemia da COVID-19, não mediram esforços para salvar vidas.

 

MUNICÍPIO DE MAPUTO DISTINGUE MELHORES ENFERMEIROS

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo reconheceu os melhores enfermeiros dos hospitais na capital do país.

Vanda Lissenga foi uma das enfermeiras distinguidas. No momento da menção honrosa, lágrimas não faltaram, a justificação é que é a primeira vez que recebe um reconhecimento igual, e acredita ter recebido por mérito.

“Este prémio significa que eu devo continuar a trabalhar e a tratar com todo o amor e carinho os meus pacientes que tanto adoro e vou continuar a zelar pela saúde deles”, prometeu.

Januario Nhavoto foi também distinguido e, para si, o prémio é para todos os profissionais que, com amor e zelo, de tudo fazem para cuidar dos doentes e salvar vidas, melhorar a saúde das pessoas e levar sorriso às famílias.

Já o supervisor de enfermagem, Isaías Mucovela, não deixou de lado as acusações feitas a esses profissionais sobre as cobranças ilícitas, lamentou que alguns colegas optem por essa prática, principalmente nas maternidades e apelou para a denúncia de todos os casos desviantes, para que os infractores sejam punidos.

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