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Grupos da sociedade civil exigem anulação do concurso para a selecção membros a CNE

Pelo menos 11 organizações e plataformas da sociedade civil, exigem anulação o concurso público lançado para a composição da nova Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Quando faltam dois dias para o fim do prazo das candidaturas da sociedade civil, um grupo de dez organizações, que incluem o Fórum Mulher, Fórum das Rádios Comunitárias, de entre outros, exigem que o processo seja anulado, por falta de objectividade nos critérios de eleição.

“Considerando que falta  objectividade nos critérios de elegibilidade dos candidatos das organizações da sociedade civil anunciados pela Comissão Adhoc, com a inclusão de termos com algum sentido dúbio, tal como “reconhecido mérito moral e profissional e probos..exigimos que o processo seja anulado” indicam os signatários da petição.

O Centro de Integridade Pública (CIP) figura na liderança do grupo e considera que o posicionamento em causa visa apenas mudar o paradigma e trazer para a nova CNE, outra postura que venha assegurar transparência e garantias de profissionalismo aos processos eleitorais.

“Nós exigimos coisas muito claras. Que se anule este processo de selecção e se faça um debate amplo, envolvendo a própria sociedade civil sobre a forma como os seus representantes devem ser conduzidos até a Comissão Nacional de Eleições” explicou Borge Nhamire, pesquisador do CIP.

A questão do fundo, no processo actual é que a sociedade civil, apesar de ser a maioria, “é uma maioria coaptada. Aqueles sete membros da sociedade civil que estão lá, os partidos políticos dividiram-se entre eles. Eles não respondem nem reportam aos seus pares, que somos nós (organizações), simplesmente foram coaptados” detalhou Nhamire.

Apesar da contestação ser pública, a nossa reportagem sabe que o processo está a andar e há várias candidaturas submetidas e outras em marcha, até mesmo de organizações signatárias da petição.

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