Já há algum tempo que a empresa Aeroportos de Moçambique tem vindo a implementar uma série de reformas na gestão das suas infra-estruturas, apostando na expansão e modernização dos aeroportos. De olhos numa maior conectividade aérea e prestação de serviços de alta qualidade, os Aeroportos de Moçambique aliaram-se aos portugueses e franceses, cujo memorando de entendimento foi assinado esta segunda-feira, em Maputo.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, destacou a experiência comprovada dos franceses da VINCI Airports, um dos líderes do sector aeroportuário internacional que gere 45 aeroportos nos mercados como os Estados Unidos da América, França, Reino Unido e Portugal.
“É nossa convicção que estes são os melhores parceiros para a definição da estratégia de desenvolvimento dos aeroportos moçambicanos. Por isso, vamos aguardar com enorme expectativa a conclusão do diagnóstico e recomendações do modelo de desenvolvimento dos principais aeroportos moçambicanos, no prazo acordado de 12 meses”, disse Mesquita.
O governante apontou, entre grandes desafios da empresa Aeroportos de Moçambique para os próximos anos, a manutenção em condições aceitáveis de operacionalidade e rentabilidade a imensa rede de infra-estruturas e património aeroportuário espalhada pelo país, cumprindo o seu papel de dinamizador da economia, impulsionando, assim, o desenvolvimento do turismo doméstico e internacional.
“Com este memorando, é nossa expectativa que os parceiros apresentem igualmente uma melhor abordagem para óptimas soluções de investimentos e de concessão para desenvolver os aeroportos, a médio e longo prazos”, vaticinou.
Já o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa Aeroportos de Moçambique, Emanuel Chaves, referiu que o acordo tripartido será uma “grande oportunidade para a empresa poder incorporar e importar um conhecimento que Portugal e França têm na gestão das infra-estruturas aeroportuárias”.
O seu homólogo português, ou seja, o PCA da ANA-Aeroportos de Portugal, José Luís Arnaut, destacou as enormes potencialidades de turismo e cultura que Moçambique dispõem.
“Nós acreditamos seriamente nas potencialidades do desenvolvimento turístico, económico e da plataforma que Moçambique poderá representar da nossa experiência com a VINCI Airports, que foi muito positiva”, indicou.
Lembrando, de seguida, o percurso que levou a privatização em 2012, dos aeroportos lusos por um período de 50 anos, pela empresa francesa VINCI Airports, a mesma que prepara a sua entrada em Moçambique.
Essa parceria luso-francesa logrou grande sucesso até ao momento, tendo contribuído para aumento em quase o dobro o número de passageiros, que passou de 16 milhões de passageiros, em Lisboa, para 30 milhões, apenas em quatro anos.
Refira-se, que os aeroportos geridos pela VINCI Airports são servidos por mais de 200 companhias aéreas que movimentam mais de 195 milhões de passageiros.