O governo da província de Gaza está preocupado com a entrada ilegal de moçambicanos imigrantes na vizinha África do Sul, por causa da pandemia da COVID-19.
As autoridades locais receiam que as entradas ilegais possam propiciar a existência de focos de descontrolados do vírus.
Com o número de casos numa tendência ascendente, a província de Gaza olha com preocupação a entrada ilegal de imigrantes moçambicanos na vizinha Africa do Sul, receando que estes possam vir a ser fontes de transmissão comunitária da COVID -19.
“Estamos a verificar, sobretudo, nestes últimos dias, a subida do número de casos de infectados. A nossa grande preocupação reside em dois factores, nomeadamente, o facto de termos nossos irmãos, nossos concidadãos que trabalham na África do Sul, outros que entram por vias legais e, feito o rastreio, temos 20 a 30% de casos positivos, depois temos o caso daqueles que entram por vias ilegais, esses que não temos um controlo efectivo porque, como o nome diz, entram por vias ilegais, chegam aqui na província e temos certeza que parte desses pode estar infectada e assim, a transmissão acontece sem o nosso controle”, explicou Margarida Mapanzene, Governadora de Gaza, em entrevista à nossa reportagem.
Não há dados oficiais mas reconhece que com as fronteiras encerradas há parte considerável de cidadãos regressados furando as fronteiras.
Para travar a entrada ilegal e o controlo sanitário de quem já entrou, as autoridades apontam as medidas adoptadas.
“Estamos a reforçar a fiscalização nas nossas fronteiras e, paralelamente, estamos satisfeitos com a colaboração das comunidades, a quem apelamos para que sempre que há casos de cidadãos recém chegados da vizinha África do Sul, nos possam comunicar, por forma fazermos o controlo e rastreio” explicou.
Refira-se que a província de Gaza conta actualmente com 38 casos positivos da COVID 19 e um morto.
