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Gianni Infantino volta a candidatar-se à presidência da FIFA

Fotos: FIFA

O suíço Gianni Infantino vai candidatar-se, em 2023, a um terceiro e último mandato como presidente da FIFA, anunciou o dirigente de 52 anos, durante o 72.º congresso do organismo, que decorre em Doha, desde esta quinta-feira até sexta-feira.

Durante o seu discurso nas vésperas do sorteio da fase final do Mundial-2022, que vai decorrer precisamente no Qatar, Gianni Infantino anunciou: “o próximo congresso, em 2023, terá carácter eleitoral. Informo que vou concorrer à reeleição.”

Caso vença no próximo congresso, que ainda não tem data marcada, mas, de acordo com o organismo, será nos primeiros meses de 2023, Infantino irá cumprir o seu terceiro e último mandato, já que, desde 2016, a FIFA aprovou uma limitação de 12 anos seguidos no cargo de presidente.

De nacionalidade italiana e advogado de formação, Infantino venceu, em 2016, as eleições frente a três adversários e, em 2019, foi vencedor como candidato único.

Antes de chegar à presidência da FIFA, o dirigente suíço foi secretário-geral da UEFA.

Qualquer candidatura à liderança da FIFA tem de ser apresentada até quatro meses antes do congresso e, um mês antes, será conhecida a lista dos candidatos que terão sido aprovados.

 

“MUNDIAL BIENAL NÃO FOI PROPOSTO PELA FIFA”

O Mundial de selecções bienal foi um dos temas mais polémicos dos últimos tempos, por não agradar a todos. No entanto, parece que não há razão para grandes preocupações.

Gianni Infantino, presidente da FIFA, esclareceu, esta quinta-feira, durante o congresso, que o mundial bienal não foi aprovado, mas apenas ponderado.

“No último congresso, foi solicitado que se estudasse a viabilidade de um Mundial bienal e a FIFA fez isso, chegando à conclusão de que é realmente viável. Mas, agora, estamos numa nova fase, de consulta e discussão, na qual tentamos encontrar acordos e compromissos. Vamos trabalhar juntos para debater e encontrar a solução mais adequada, para que todos se beneficiem. Qualquer feedback é importante”, disse Infantino aos congressistas.

 

EXCLUSÃO DA RÚSSIA TAMBÉM FOI TEMA DE DEBATE

A exclusão das equipas russas das competições europeias e mundiais também foi tema de debate no congresso de Doha, numa reunião magna que contou com a presença de 221 membros filiados ao organismo que rege o futebol mundial, incluindo Moçambique.

Sem citar nenhum nome específico, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, instou a Rússia a encerrar o conflito com a Ucrânia, que já dura mais de um mês. No seu discurso, perante cerca de 600 dirigentes das 211 federações nacionais filiadas, inclusive a Rússia e a Ucrânia, Infantino realçou que “vivemos num mundo agressivo, um mundo dividido. Mas, como vocês sabem, eu sou um crente no poder do futebol de unir as pessoas e derrubar as barreiras”.

Dias após a invasão da Ucrânia, a FIFA suspendeu a Rússia de todas as competições, , o que, na prática, significou a eliminação da selecção russa da próxima Copa do Mundo, a ser disputada no Qatar no fim deste ano. A Rússia estava classificada para o play-off, na qual enfrentaria a Polónia.

Infantino disse que “tivemos que suspender a Rússia e as equipas russas das competições. Não é uma decisão fácil. Porque é punir pessoas que amam o futebol como todas as outras. Tivemos que tomar a decisão e, agora, temos que olhar para a frente e esperar que o conflito acabe. Trazer um pouco de paz.

A suspensão, porém, foi apenas aos clubes e selecções russas. A Federação de Futebol da Rússia continua filiada à FIFA e pode participar normalmente do congresso. Integrantes da deleção russa afirmaram, antes do início do Congresso, que não iriam “esconder-se”.

Moçambique faz-se representar por uma delegação chefiada pelo presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, e que integra o vice-presidente da Alta Competição, Amir Gafur, e o secretário-geral, Hilário Madeira.

Durante a sua estadia, o presidente da FMF irá participar numa sessão de trabalho com o Presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Patrice Motsepe, e os 54 presidentes das federações dos países africanos.

Por outro lado, a delegação irá participar no sorteio do Mundial Qatar 2022, a ter lugar amanhã, 1 de Abril de 2022.

 

SORTEIO DO MUNDIAL REALIZA-SE ESTA SEXTA-FEIRA

A definição dos oito grupos da primeira fase do Mundial 2022 vai decorrer esta sexta-feira, às 19h00 local (18h00 de Maputo), no Centro de Exposições e Convenções de Doha, no Qatar, dois meses antes da repescagem, marcada para Junho.

Apenas 29 das 32 selecções serão definidas neste sorteio, em função dos atrasos causados pela pandemia da COVID-19 e pelo adiamento da partida entre Escócia e Ucrânia, para os play-offs da Europa, em função do conflito com a Rússia, que foi excluída da disputa pela FIFA.

As 32 selecções ficam divididas em quatro potes de oito cada, de acordo com a posição de cada uma no ranking da FIFA, divulgado esta quinta-feira. Cada grupo terá uma bolinha de cada pote, sendo que os cabeças-de-série (à excepção do país-sede) saem do primeiro pote.

Diante disso, 28 selecções serão colocadas nos potes de 1 a 4 de acordo com o ranking de selecções. O Qatar, país-sede, vai ficar na posição A1 do primeiro pote, que receberá as sete melhores selecções do ranking. O segundo pote terá as selecções entre as posições oito e 15 do ranking e assim sucessivamente.

Excepção feita às selecções europeias, as da mesma confederação não podem ficar no mesmo grupo na competição. Sendo assim, se uma selecção for sorteada para um grupo que já tenha um representante daquele continente, será encaminhada para o grupo seguinte.

De qualquer forma, e por estar em maior número no sorteio (13 países), é certo que cinco grupos terão dois representantes europeus.

O Mundial deste ano vai realizar-se de 21 de Novembro a 18 de Dezembro.

 

Os potes do sorteio:

Pote 1 (Cabeças-de-chave): Qatar, Brasil, Bélgica, França, Argentina, Inglaterra, Espanha, Portugal

Pote 2: Holanda, Alemanha, Dinamarca, México, Estados Unidos, Suíça, Uruguai, Croácia

Pote 3: Senegal, Irã, Japão, Sérvia, Polônia, Coreia do Sul, Marrocos, Tunísia

Pote 4: Canadá, Equador, Arábia Saudita, Gana, Camarões, três classificados da repescagem

 

“AL RIHLA” É A BOLA OFICIAL DO MUNDIAL DO QATAR-2022

“Al Rihla”, que em português significa “a jornada”, é a bola oficial do Mundial que vai decorrer no Qatar, ao fim deste ano. Tem um fundo branco pérola e faixas de cor dominadas por azul, roxo, vermelho e amarelo.

De acordo com a marca que a desenvolveu, a Adidas, é inspirada na cultura, arquitetura e barcos tradicionais do Qatar, para além da bandeira daquele país asiático.

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