As obras de montagem de uma galeria para atracção de turistas no Porto de Maputo estarão prontas no próximo mês, avançou em exclusivo ao “O País”, o director-executivo da concessionária desta infra-estrutura portuária.
A empresa concessionária do Porto de Maputo, MPDC investiu cerca de 1.3 milhão de dólares norte-americanos na instalação de uma galeria nesta infra-estrutura portuária, para atrair turistas.
“A galeria está praticamente pronta. Em Setembro já pode ser visita pelos turistas. A ideia é trazer muita música e outros serviços de lazer de agrado dos turistas que atracam anualmente no Porto de Maputo”, disse Osório Lucas, director-executivo do MPDC.
Porém, o grande desafio está no melhoramento do percurso até a referida galeria, ou seja, “é preciso melhorar o passeio, entre outras infra-estruturas a volta. Isso é do conhecimento da edilidade”, apontou.
Em média anual, 40 mil turistas escalam o Porto de Maputo, provenientes de cruzeiros de negócios, mas os ganhos em termos de receitas têm sido poucos, devido a quase inexistentes polos de atracção dos viajantes.
A par dessa iniciativa do MPDC, sabe-se que em Outubro do ano passado, o Governo em parceria com o sector privado, lançou um projecto de visa rentabilizar o fluxo de turistas na baixa da capital moçambicana.
Do levantamento preliminar dos custos necessários para viabilizar o projecto, realizado pela edilidade da urbe, calcula-se o valor de mais de 200 milhões de dólares, com a maior parte do valor a ser desembolsado pelo sector privado.
As famosas ruinas da capital serão um ponto atractivo a considerar, sendo que para tal a edilidade deverá aplicar algumas taxas bonificadas.
Refira-se, que a MPDC é uma empresa privada, nacional, que resulta da parceria entre os Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM) e a Portus Indico, constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Moçambicana Mozambique Gestores.
A 15 de Abril de 2003 foi atribuída à MPDC a concessão do Porto de Maputo por um período de 15 anos, com uma opção de extensão por mais 15 anos. Em Junho de 2010 o período de concessão foi estendido por mais 15 anos, com opção de mais 10 para operações após 2033.
A MPDC detém os direitos de financiamento, reabilitação, construção, operação, gestão, manutenção, desenvolvimento e optimização de toda a área de concessão. A empresa tem também poder de Autoridade Portuária, sendo responsável pelas operações marítimas, reboque, estiva, operações nos terminais e armazéns, bem como planeamento e desenvolvimento portuário.