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Frelimo, ANC e MPLA partilham experiências de combate à Corrupção 

Foto: O País

A Frelimo, Congresso Nacional Africano (ANC) e Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) partilham experiências para o combate a corrupção nos seus países. A informação foi avançada esta segunda-feira (27), depois de um encontro entre as partes, enquadrado nas celebrações dos 60 anos da Frelimo.

Estes encontros acontecem numa altura em que Moçambique, África do sul e Angola debatem-se com o crime de corrupção, envolvendo altos quadros do Estado.

O ANC, partido no poder na vizinha África do sul, através do Presidente da Liga dos Veteranos, disse que a visita serviu para fortificar as relações entre os dois partidos.

“A Frelimo é uma parte importante de nós, porque, se não fosse a Frelimo e o seu povo, não teríamos alcançado a independência na África do Sul”, referiu-se Snuki Zikalala, Presidente da Liga dos Veteranos do ANC.

Sobre a acusação de corrupção e captura do estado, que recai sobre o actual presidente Sul-africanos, Cyril Ramaphosa, Zikalala garante que, havendo confirmação dos crimes, os órgãos do partido irão actuar em defesa dos interesses da nação arco-íris.

“O camarada Cyril Ramaphosa é o único Presidente do ANC preparado e comprometido para acabar com a corrupção no seio do partido. Creio que ele vai implementar as recomendações da comissão, sobre como o ANC foi implicado na captura do Estado, e todos os envolvidos devem ser responsabilizados”.

Já o MPLA, partido que dirige a República de Angola, diz que o seu partido sempre esteve comprometido no bem-estar social da sua população, por isso o mundo vê manifestações populares que, apesar de mostrar descontentamento, revela a democracia existente no seu país.

“Um MPLA deu um exemplo e partiu para um combate cerrado contra a corrupção, um combate que afecta seus militantes, seus dirigentes, mas viu isso como uma forma de assegurar um rumo certo para o nosso país, de dar esperança aos jovens”, disse o Secretário do Bureau político do MPLA.

Sobre a visita ao país, o Secretário do Bureau político do MPLA para os assuntos externos, Manuel Augusto diz que usou a oportunidade de felicitar a Frelimo pela passagem de mais um aniversário e recordar os laços históricos que ligam os dois países.

Ainda nesta segunda-feira, o secretário-geral da Frelimo recebeu em audiência o Presidente da Frente Polisário, uma coligação militar que luta contra o Marrocos pela independência há quase 50 anos da República Árabe Saharaui. Roque Silva diz que estes encontros servem também para refletir em torno dos desafios dos países.

“As celebrações dos 60 anos da Frelimo não podem ser vista, apenas sob ponto de vista de festa, mas também um momento em que a Frelimo para e Reflecte em volta do que conseguiu conquistar e dos desafios que se colocam mais para frente. Estamos num processo dinâmico de desenvolvimento, onde ainda há muito a ser feito, então precisamos nos inspirar de todo um passado, para buscar soluções para os problemas que podemos nos enfrentar mais para frente”, disse o Secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, depois de manter encontro com os três partidos políticos, amigos da Frelimo.

As celebrações do 60º aniversário da Frelimo vão culminar com a realização do 12º congresso, a realizar-se em Setembro próximo.

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