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Fraco aproveitamento dita extinção de cursos na UP

A Universidade Pedagógica anunciou esta terça-feira na capital do país a extinção de alguns cursos, a maioria dos quais lecionados à distância. São no total 62 cursos que não vão receber novos ingressos. A medida entra em vigor já no próximo ano, e surge no âmbito da reestruturação daquela instituição de ensino.

A intenção foi analisada em primeira instância no fórum pedagógico, no qual foram detectadas algumas anomalias que culminaram com esta decisão.

A Universidade Pedagógica aponta como principais causas da extinção o fraco aproveitamento dos estudantes, um número reduzido de estudantes nas turmas e dificuldades de acesso à internet no país.

A medida que relata a descontinuidade destes cursos já foi remetida ao Conselho Académico da Universidade para os devidos procedimentos internos. Sendo que caberá ao órgão deliberativo máximo, neste caso o conselho universitário, proceder à decisão final.

São cursos maioritariamente de educação, exceptuando alguns casos que são de informática entre outros.

“Fizemos uma revisão das condições de funcionamento dos nossos cursos e prestamos particular atenção aos cursos à distância que decorrem fora das instalações da universidade e chegamos à conclusão que era melhor nos reorganizarmos”, relatou José Castiano, porta-voz da instituição.

Castiano referiu ainda que alguns destes factores que ditaram a extinção não dependem necessariamente da Universidade Pedagógica, tomando como exemplo os módulos que não chegam a tempo para os estudantes espalhados pelo país.

Relativamente aos estudantes do segundo e terceiro anos de medicina da Universidade Pedagógica, delegação de Maxixe, a nossa fonte garantiu que o plano de transferência dos mesmos para Quelimane será feito quando estes atingirem o quarto ano respectivamente. No entanto, a decisão não implicará o encerramento das instalações daquela instituição sediadas na Maxixe. Actualmente os estudantes encontram-se a efectuar estágios nas unidades sanitárias daquela região do sul do país.

“Um curso geral de medicina exige que as práticas ou estágio dos estudantes seja feita num hospital central, o que não tem se registado em Inhambane, por isso a decisão de ir a Quelimane”, frisou Castiano.

A reestruturação tem em vista elevar a qualidade do curso, estando o processo a decorrer com a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, do Ministério da Saúde e da Ordem dos Médicos.

 

 

 

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