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Fiscais não qualificados entre as causas da má qualidade das obras públicas

A existência de profissionais não qualificados na fiscalização das obras agudiza o crónico problema da qualidade das obras públicas. A conclusão é do Gabinete de Reconstrução pós-Idai.

Segundo o director do Gabinete de Reconstrução pós-IDAI, Francisco Pereira, para além do projecto de reconstrução pós-Idai, orçado em cerca de 60 milhões de dólares, a cidade da Beira vai beneficiar de obras de aumento da capacidade de drenagem.

Com efeito, o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos está a rever as normas, ao abrigo da revisão das de construção, visando tornar as infra-estruturas mais resilientes às mudanças climáticas.

Contudo, quanto à qualidade das obras, Francisco Pereira disse que, em parte, o problema é causado pela existência de fiscais que não reúnem requisitos para o exercício desta actividade.

Depois dos desastres naturais que afectaram a região centro do país, Francisco Pereira informou que já estão, em curso, algumas medidas visando assegurar melhor a qualidade das infra-estrututras, conforme os padrões internacionais de construção civil.

Entretanto, o Gabinete de Reconstrução pós-Idai ainda não sabe quanto tempo é que vai durar o processo de reconstrução. Segundo algumas experiências internacionais, alguns países levam entre três a cinco anos para reedificar infra-estruturas destruídas pelos eventos climáticos, facto associado à exiguidade orçamental.

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