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FIFA impede Maxaquene de competir no futebol profissional por dívidas

Foto: O País  

O Clube de Desportos da Maxaquene está impedido de inscrever jogadores no sistema FIFA Connect. Em causa está uma dívida acima de 130 milhões de meticais, que levou a FIFA a bloquear a licença profissional do clube “tricolor”, que só poderá competir em divisões amadoras e nos escalões de formação.

O mal não vem só. Mergulhado numa crise sem precedentes e de bradar aos céus, sem direcção há quase três anos depois da saída de Arlindo Mapande, eis que mais um capítulo se abre no clube tricolor.

O clube deve mais de 130 milhões de Meticais aos jogadores, treinadores e a outros funcionários, os quais estão há quase três anos sem auferir os seus salários, incluindo a dívida contraída junto às empresas fornecedoras de serviços, hotéis e por falta de canalização ao sistema de segurança social. Essa informação foi revelada por Domingos Langa, presidente da Comissão de Gestão do clube “tricolor”, ao jornal Notícias, na sua edição desta quinta-feira, citado pelo LanceMZ.

Por conta disso, a FIFA bloqueou a licença do clube, impedindo a inscrição dos seus jogadores. Ou seja, vê-se o emblema “tricolor” impedido de competir ao mais alto nível, devendo-se contentar apenas com as camadas de formação e divisões amadoras.

O bloqueio da licença implica que, mesmo que o Maxaquene suba de divisão, enquanto não regularizar a situação da dívida fica impedido de disputar o Moçambola. O Maxaquene foi despromovido em 2019.

“Não preenchemos alguns requisitos preconizados pela FIFA, por isso este ano não podemos competir a nível profissional, apenas como amadores e nas camadas de formação. A FIFA cativou a nossa licença e só nos poderemos nos livrar desta situação mediante a liquidação da dívida, infelizmente, insustentável para o Maxaquene neste momento”, disse Domingos Langa ao Notícias.

 

“MAPANDE AGUDIZOU A SITUAÇÃO”

Apareceu como se de “paraquedista” se tratasse. Desejado por alguns (sócios) e indesejado por outros (LAM e Aeroportos de Moçambique), empresas integradoras que injectavam dinheiro no clube, mas que aquando do escrutínio dos “Maxacas” em 2018, deixaram claro que queriam só e só Nuro Americano, numa corrida que envolvia Arlindo Mapande. Ao não se efectivar a vontade das empresas, um mal maior aconteceria: o apoio ao clube seria cortado.

Nuro Americano perdeu e as implicações vieram ao de cima. Segundo escreve o Notícias, citado pelo LanceMZ, o passivo do Maxaquene aumentou de forma “estrondosa” durante o elenco de Arlindo Mapande (2018-2019), pois este não teve apoio das empresas integradoras depois de ter sido eleito, tendo recorrido ao serviço de dívida sempre que se visse à nora, numa altura em que o clube disputava o Moçambola.

“A situação financeira do Maxaquene agravou-se e as nossas empresas integradoras (LAM e Aeroportos de Moçambique) não estão em condições de saldar essa dívida”, revelou Domingos Langa, não vislumbrando saída para a solução deste imbróglio financeiro.

 

FERROVIÁRIO LIDERA TORNEIO DE ABERTURA EM ATLETISMO

O Ferroviário de Maputo entrou forte no Torneio de Abertura de Atletismo da Cidade de Maputo praticamente em todas especialidades, nomeadamente de corrida e técnicas, assumindo a liderança da prova após a disputa da primeira jornada.

Na combinação de resultados dos diferentes escalões, em masculinos, os “locomotivas” já acumularam 127 pontos, contra apenas 39 pontos da Associação Portuguesa. Matchedje é o terceiro classificado, com 16 pontos, seguido pelo Ferroviário das Mahotas, com 13 pontos. Em femininos, o Ferroviário da capital já acumulou 75 pontos, contra nove da Associação Portuguesa. O Ferroviário das Mahotas é o terceiro classificado, com cinco pontos.

Nas categorias individuais, Edson Deve, do Matchedje, foi o mais rápido na prova de 100 metros, com a marca de 11 segundos e seis centésimos. José Maximiano, do mesmo clube, fez a distância em 11 segundos e 24 centésimos, enquanto Milton Chisseve, do Ferroviário, cortou a meta em terceiro com o tempo de 11 segundos e 25 centésimos.

Em masculinos, também nos 100 metros, as primeiras três posições foram ocupadas por atletas do Ferroviário, respectivamente Astrid Van (12´´18), Maria Massinga (14´´21) e Anacleta Monteiro (14´´50).

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