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“Federações que não têm condições para garantir logística dos atletas que se aproximem ao COM”

O Comité Olímpico de Moçambique diz que criou todas condições, através das respectivas federações nacionais, para os atletas poderem ter um treinamento adequado com vista aos Jogos Olímpicos, nomeadamente transporte, alimentação e toda logística. Penalva Cesar diz que não entende porque as atletas bolseiras são as que mais reclamam, sendo que beneficiam de uma bolsa de solidariedade olímpica que garante um valor mensal de perto de 50 mil meticais para as suas despesas logísticas.

Aliás, o Secretário-Geral do Comité Olímpico de Moçambique assume que as múltiplas explicações que tem estado a dar aos envolvidos não tem surtido efeito desejado. “Devo reconhecer que parece que é necessário uma acção vigorosa em relação a esta situação para que isto fique esclarecido de uma vez por todas. Já tentei encontrar uma explicação e dar um ponto de situação em relação a isso, mas parece que o esclarecimento não tem sido suficiente”, disse Penalva César.

O facto é que, segundo Penalva César, não é recomendável que os atletas e todo staff envolvido nos treinos para os Jogos Olímpicos ou para as qualificações a essa competição, que beneficiaram do relaxamento das medidas de prevenção, se façam transportar nos transportes colectivos ou semi-colectivos, vulgo “chapas”, tendo em conta o protocolo sanitário.

Penalva César que houve todo tipo de esclarecimentos as federações nacionais que o “Comité Olímpico de Moçambique não tem transporte colectivo para transportar os atletas de casa aos treinos e vice-versa e que nós iríamos encontrar mecanismo da apoiar as pessoas das federações ou as federações, no sentido de encontrarmos formas de ajudar no transporte dos atletas” e essa solução, de acordo com o próprio Comité Olímpico de Moçambique, passava por subsidiar os dirigentes a usarem os seus transportes próprios para levar os atletas aos locais de treinos.

 

Atletas bolseiros reclamam sem razão

Ademais, Penalva César diz não entender porque são os atletas bolseiros os primeiros a reclamarem dessa situação, tendo em conta os apoios que recebem no âmbito da bolsa da solidariedade olímpica. “Os bolseiros recebem 750 dólares por mês (perto de 50 mil meticais) para garantirem condições de treinamento. Esse valor que eles recebem não é para guardarem para um dia comprarem um carro ou um terreno… Quero explicar que esse valor serve para os atletas terem condições de treino, nomeadamente terem alimentação, transporte, pagarem subsídio a um treinador (se necessário), comprar suplimentos e tudo que está a volta da realização de um bom treino”, disse o Secretário geral do Comité Olímpico de Moçambique, para quem essa bolsa não é para guardar no banco “e dizer que foi-me dado, não serve para isso”.

E porque há muita renitência nas explicações que tem sido dadas pelo Comité Olímpico de Moçambique, Penalva César deixa um recado às federações: “se a federação acha que não está em condições de cumprir com essas exigências, das duas uma: ou cancela o regresso aos treinos ou aproxima-se a quem acha que pode ajudar, neste caso pode ser o Comité Olímpico de Moçambique e, individualmente vamos procurar soluções, que neste momento não passa por o COM fornecer um meio de trasporte, que não tem, mas passa por encontrar formas alternativas para que os atletas sejam transportados em segurança e em carros privados para poderem treinar em condições”.

E para colmatar essa lacuna que cria desentendimento entre as federações e o Comité Olímpico de Moçambique, Penalva César propõe um encontro para esclarecer todos os aspectos. “Espero que depois desse encontro possamos nos entender e falarmos a mesma língua, porque o COM não pode estar a caminhar para um sentido e as federações para o sentido contrário, porque não é possível realizar nenhuma actividade se nós estivermos a parte um do outro”, concluiu o Secretário geral do Comité Olímpico de Moçambique.

“As federações tem que qualificar os atletas e depois dessa qualificação devem ser entregues ao Comité Olímpico de Moçambique para este levar os atletas aos Jogos Olímpicos, porque sentimos que as federações não terão arcaboiço para manter o treinamento dos atletas até aos Jogos Olímpicos, então nós fazemos todos os possíveis e impossíveis para que tenham condições de chegar a essa prova”

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