Vinte e uma pessoas que haviam sido raptadas pelos terroristas num dos ataques armados em Cabo Delgado foram resgatadas no domingo pelas Forças de Defesa e Segurança.
Trata-se de 15 mulheres e 6 crianças, que haviam sido raptadas no último ataque armado ocorrido na ilha de Matemo, no distrito do Ibo, no passado dia 6 de Janeiro, e que foram transportadas em embarcações para Olumbua, no distrito de Macomia.
“Eram cerca de 30 terroristas que levaram-nos de Matemo para Olumbua, e quando chegamos lá, eles disseram que haviam de nos levar a Mocímboa para estudar madrassa. E no dia que veio o avião, no dia seguinte era para ir a Mocímboa. Agora estamos agradecidos por termos sido salvos pelo helicóptero, porque a esta hora estaríamos em Mocímboa”, revelou Maisha Ambasse, uma das resgatadas que trazia um filho ao colo.
As pessoas que haviam sido raptadas pelos terroristas foram entregues ao governo da província, pelo comandante geral da polícia, que revelou quase todos detalhes da complexa operação de resgate, que só foi possível depois de um intenso combate.
“As Forças de Defesa e Segurança souberam onde estavam os terroristas. Houve um ataque, mas um ataque inteligente. Fizemos isolar aquelas nossas irmãs, nossas tias que estavam reféns dos terroristas. Acompanhamos com os meios aéreos até a uma distância de 5 Quilômetros e demos direcção para Macomia. E fomos controlando através dos meios aéreos até eles chegarem a Macomia e as levamos para cá e terão que regressar para a sua comunidade que é Matemo, que neste momento esta livre de ataques dos terroristas,” explicou Bernardino Rafael, comandante geral da polícia da República de Moçambique, que nos últimos tempos fixou uma residência temporária em Cabo Delgado para coordenar de perto as acções de combate ao terrorismo.
Além de assassinar civis e incendiar casas, durante os ataques armados, segundo contaram algumas testemunhas, os supostos terroristas têm raptado algumas pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, para fins até aqui desconhecidos.
