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Fábrica de capulanas dá férias colectivas para evitar propagação da COVID-19

A Nova Texmoque deu férias de um mês aos mais de 100 trabalhadores por conta do Coronavírus, e viu todas encomendas de capulanas a serem canceladas. Por enquanto, estão assegurados os salários, mas se a crise se prolongar o cenário pode ser imprevisível.

O ambiente contrasta com o normal daquela indústria têxtil, onde normalmente, por estas alturas do ano trabalha-se sem parar para responder à demanda. A Nova Teximoque está localizada em Nampula e é a única fábrica de produção de capulanas no país.

No sector de produção operam mais de 100 trabalhadores. Tratando-se de um sítio fechado, sem muita ventilação, a direcção da empresa preferiu dispensar os trabalhadores, enquanto estiver em vigor o período de emergência nacional, para evitar qualquer risco de propagação do Coronavírus.

“Muita perca para nós porque estamos a preparar salários para pessoas que não trabalharam, numa altura em que a empresa não está a produção. Estamos a somar prejuízos enormes”, disse Hélio Mesa, da área administrativa da Nova Texmoque.

Os prejuízos são enormes, ainda que a empresa prefira não quantificar…por ser a única fábrica de capulanas recebe encomendas de todas as partes do país. De um momento para o outro, tudo foi cancela. O último cancelamento foi de seis mil capulanas, esta semana.

“O cancelamento tem fundamento porque a capulana serve para acções de massa. As pessoas comprar a capulana para festas, e já não temos festas. Então, não há lugar para a compra de capulanas e também não podemos produzir para deixar no armazém”, disse.

Tudo parou. Os dias tornaram-se estranhos, revelando o impacto de uma crise que afecta a todos, mas pode pesar mais para uns que têm mais responsabilidades sobre os outros.
O Conselho Empresarial de Nampula não tem ainda informação sistematizada sobre as indústrias e empresas que fecharam as portas por causa da COVID-19. 

 

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