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ExxonMobil em “maus lençóis” no parlamento europeu

Acusada de divulgar falsas informações sobre a proteção ambiental, a petrolífera norte americana ExxonMobil, não compareceu à primeira audiência sobre a negação da mudança climática e por essa razão, poderá perder o direito de lobbying no Parlamento Europeu.

A perda do direito de lobbying (uma actividade de pressão a grupos, cujo objetivo é interferir em suas decisões), poderá ocorrer se for aprovada a moção apresentada pelo grupo dos “Verdes”, cuja votação está prevista para finais de Abril, escreve a versão online do jornal inglês “The Guardian.

Apesar de dizer que apoia o Acordo de Paris sobre política para travar as alterações climáticas, a empresa é acusada por vários cientistas e activistas pela defesa do meio-ambiente de divulgar informações falsas.

O pedido de proibição está sendo submetido pelo deputado europeu Molly Scott Cato. De acordo com este deputado, citado pelo The Guardian, “esta é uma empresa que negou a ciência, apesar de saber o estrago que a exploração de petróleo estava a causar, que financiou campanhas para bloquear a acção climática e agora se recusa a enfrentar seus crimes ambientais comparecendo à audiência”.

Em resposta, a gigante petrolífera disse aos organizadores que foi impedida de participar da audiência por “litígios em andamento relacionados à mudança climática nos EUA”.

A ExxonMobil, num comunicado citado pelo jornal inglês, disse que rejeita a alegação de que suprimiu a pesquisa científica sobre a mudança climática. “Notícias que afirmam que chegamos a conclusões definitivas sobre a ciência da mudança climática décadas antes que os especialistas do mundo são imprecisas e há muito tempo foram desmascaradas”.

Recorde-se que a ExxonMobil  Moçambique esta envolvida na construção e operação do Gás Natural Liquefeito (GNL) e instalações relacionadas para a área 4 enquanto, e a sua parceira, a Eni, lidera o projecto de GNL flutuante da Coral e todas as operações upstream.

O bloco das águas profundas da área 4 contém mais de 85 triliões de pés cúbicos de gás natural, o que irá fornecer recursos para o projecto de GNL de classe mundial.

 

 

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