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Expo Dubai celebrou Moçambique em grande

Foto: O País

Aberta a 1 de Outubro do ano passado, só ontem foi o dia de Moçambique na maior exposição do mundo. Um espaço onde diferentes países do mundo procuram expor o seu passado, presente e futuro. E Moçambique não fugiu à regra em Dubai. Enquadrado no espaço sobre a sustentabilidade, Moçambique mostra um país com um passado glorioso, um presente com desafios mas com boas perspectivas no futuro, que tem na sustentabilidade ambiental a base do seu desenvolvimento.

Quatro áreas têm destaque especial em Dubai, nomeadamente, agricultura, energia, infra-estruturas, cultura e turismo, por serem considerados os motores que estão a galvanizar o desenvolvimento de Moçambique de forma sustentável.

Por isso, ontem, o país teve a sua bandeira içada na principal praça do evento, tendo na ocasião sido entoados os hinos nacionais de Moçambique e dos Emirados Árabes Unidos. Mas também houve actuação de músicos moçambicanos como Valdimiro José, Onésia Muholove e Mr. Kuka.

E por conta disso, as visitas cresceram bastante no pavilhão de Moçambique e a maior parte dos visitantes pouco ou nada sabiam sobre o país. Até houve alguém que ouviu falar do nome Moçambique pela primeira vez ontem e, mesmo assim, saiu do pavilhão maravilhado e com vontade de conhecer o país, aliás essa é a vontade de todos que visitam o pavilhão moçambicano.

Dirigindo o dia de Moçambique, o Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, enalteceu a organização da Expo Dubai 2020 num momento particularmente difícil para o mundo.

“Estamos certos de que, durante os seis meses da EXPO 2020, Dubai se tornou numa incontornável plataforma de convergência dos diferentes países e organizações mundiais, fazendo jus ao lema escolhido para esta edição: “Conectando Mentes, Criando o Futuro”, disse o Primeiro-Ministro.

Carlos Agostinho do Rosário sugere, como sendo prova da sua afirmação, o facto de as várias actividades realizadas e agendadas naquele espaço estarem relacionadas com a divulgação dos mosaicos culturais e turísticos, promoção de oportunidades de investimento, interacção, troca de experiências e facilitação de negócios entre actores de vários quadrantes do mundo, incluindo os decisores políticos.

No seu discurso, o governante realçou ainda o facto de Moçambique partilhar com os Emirados Árabes Unidos e com outros países do mundo uma visão comum sobre a necessidade de promover um desenvolvimento socioeconómico acelerado e sustentável em benefício último do bem-estar dos respectivos povos.

E como que a antecipar-se à polémica de Moçambique apostar na exploração do gás natural para o seu desenvolvimento, quando o mesmo é apontado como combustível fóssil e a ser substituído no âmbito do combate às mudanças climáticas, o Primeiro-Ministro esclareceu que “assumimos a exploração do gás natural como uma energia de transição para fontes mais limpas, por forma a impulsionar e dinamizar sectores estruturantes, bem como acelerar o processo de desenvolvimento sustentável do nosso país”.

E acrescentou que tal passa pela implementação de reformas e políticas que visam melhorar o ambiente de negócios, condição indispensável para um sector privado vibrante e actuante.

“É assim que encorajamos todo o sector privado, nosso parceiro estratégico no processo de desenvolvimento, para ter Moçambique como destino privilegiado do seu investimento, capitalizando desta forma as enormes oportunidades de negócios existentes em diferentes domínios”, esclareceu o Primeiro-Ministro.

E porque o país está à procura de investimento estrangeiro para transformar o potencial económico em desenvolvimento, o governante sugeriu aos participantes para terem uma imagem das potencialidades existentes em Moçambique.

“Convidamos todos aqui presentes a visitarem o nosso Pavilhão, onde apresentamos oportunidades de investimento, negócio e, claro, uma mostra do nosso património cultural e turístico”, finalizou.

Ainda ontem, Carlos Agostinho do Rosário dirigiu o fórum de negócios entre Moçambique e os Emirados Árabes Unidos e visitou o pavilhão daquele país e de alguns outros países africanos.

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