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Executivo vai construir 250 casas para combatentes até 2023

O Governo vai construir 250 casas para os veteranos da luta de libertação nacional até 2023. A informação foi revelada, hoje, pelo Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, na abertura da terceira Sessão Ordinária da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN).

Na abertura da terceira Sessão Ordinária da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLIN), ligada à Frelimo, o Presidente do partido, Filipe Nyusi, começou por descrever o quadro da insegurança que se vive na zona centro do país devido aos ataques armados e o terrorismo na província de Cabo Delgado, para além das calamidades naturais.

“Os efeitos das calamidades naturais associam-se à acção dos homens sem escrúpulos, os dissidentes da Renamo, que se autoproclamaram Junta Militar, encabeçada por Mariano Nhongo, que continuam a ceifar, no centro do país, vidas dos moçambicanos. Por outro lado, o nosso país é confrontado por ataques terroristas que, usando todos os meios bárbaros e arrepiantes, têm vindo a fazer da província de Cabo Delgado um autêntico espaço de holocausto, com assassinatos hediondos a cidadãos inocentes, destruição de infra-estruturas públicas e privadas”, referiu Filipe Nyusi.

Para o Presidente da Frelimo e em simultâneo da ACLLN, nos conflitos das zonas centro e norte do país, há combatentes deslocados que revivem cenários de guerra, o que é inaceitável e a ACLLIN é chamada a agir.

“O terrorismo em Cabo Delgado afecta a vida dos combatentes que já viviam em casas melhoradas resultantes das suas poupanças. Hoje (referindo-se a actualmente), os combatentes perderam as suas famílias, perderam os seus haveres que conquistaram com muito sacrifício e perderam documentos das suas pensões. Os camaradas combatentes, que vivem fora das zonas afectadas, aqui presentes, são, hoje, os nossos colegas, mas são, também, um deslocado de guerra e vivem sem recursos para a sobrevivência da sua família espalhada pela mata ou em locais distantes das aldeias habituais. Camaradas, o combatente não pode voltar a viver o passado triste que dele se vingou, lutando contra o colonialismo enquanto permanecíamos sem solução. Nós ACLLN, nós o Comité Nacional da ACLLN, podemos falar, podemos analisar, podemos fazer estudos, porque, no passado, fazíamos, mas que fique claro que não podemos aceitar essa injustiça aos libertadores da nossa pátria amada”, apontou o Presidente da ACLLN.

O discurso inaugural daquela sessão era instante a instante agraciado com palmas e/ou cânticos dos combatentes.

Aos libertadores da “pátria amada”, o Presidente da Frelimo e da República revelou que foram registadas e fixadas um total de 89.028 pensões, tendo, o Governo, encerrado a fixação de pensões dos veteranos por via testemunhal, através do decreto 53/2020 de 03 de Junho.

“Com este acto, confirma-se o fim do processo de fixação das pensões dos veteranos no nosso país. Sabemos que há algumas dificuldades de pagamento, mas aconselhamos a apresentação destes casos para permitir o seu fecho com pessoas reais e presentes. No outro seguimento do estatuto, foram atribuídas bolsas de estudo para os filhos dos combatentes e continua a ser a nossa prática de governação, tendo sido formados, até ao momento, no nível superior, 4544 filhos dos combatentes. No entanto, há quem possa colocar-nos a seguinte pergunta, por que não quem não tem filho? Temos a consciência de que, ainda, não é abrangente, mas encoraja-nos a continuar, se compararmos com os dados nacionais de formação superior para todos os moçambicanos”, avançou Nyusi.

Ainda sobre os benefícios aos homens e mulheres que libertaram o país, Filipe Nyusi falou das casas já construídas e por serem construídas para combatentes com deficiência e, igualmente, da distribuição dos meios de compensação em todas as províncias.

“Para este caso em concreto, o Governo elegeu a construção de 250 casas em todas as províncias até ao fim do quinquénio, mas, relativamente ao que tinha sido feito, até agora, fazemos 46 anos de independência e estas casas superam as construídas até à data. Uma outra área vital, a que temos vindo a dar maior atenção, é a pesquisa e divulgação das memórias e vivências dos combatentes, através da publicação de livros do passado histórico dos libertadores da pátria moçambicana, na luta contra o colonialismo”

A estas acções, junta-se o movimento de condecoração aos combatentes com a medalha de veterano de luta de libertação nacional, com o objectivo de reconhecer e exaltar aos que libertaram a pátria, sendo que, até Fevereiro deste ano, já havia sido condecorados 5.511 veteranos.

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