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EUA promete sansões a pessoas ou instituições que apoiarem terroristas em Cabo Delgado

Os Estados Unidos avisam que é crime fornecer apoio material ou recursos aos grupos terroristas que actuam em Moçambique e na República Democrática do Congo.

Os grupos são classificados como organizações terroristas estrangeiras e por isso quaisquer pessoas ou instituições que com eles se envolverem estarão sujeitas a sanções.

É por meio de um um comunicado que o Departamento de Estado norte-americano designa o grupo de actua na província de Cabo Delgado, conhecido por Al-Shabab, como Estado Islâmico de Moçambique e classifica-o como organização terrorista estrangeira.

Como resultado dessa classificação, são bloqueadas todas as propriedades e interesses em propriedades desses grupos que estão sujeitos à jurisdição americana.

Os Estados Unidos avisam, assim, que “é crime fornecer conscientemente apoio material ou recursos ao ISIS-RDC ou ISIS-Moçambique, ou tentar ou conspirar fazê-lo.

As instituições financeiras estrangeiras que intencionalmente conduzem ou facilitam qualquer transacção significativa em nome desses grupos ou indivíduos podem estar sujeitas a sanções à respectiva conta nos E.U.A ou sanções a ordens de pagamento”.

O mesmo ultimato é dado ao Grupo do Estado Islâmico que actua na províncias de Kivu do Norte e Ituri na República Democrática do Congo. Porém, o comunicado informa que os grupos que semeiam terror nos dois países são distintos e revala nomes dos seus líderes.

“Desde Outubro de 2017, o ISIS-Moçambique, liderado por Abu Yasir Hassan, terá matado cerca de 1.200 civis, e estima-se que mais de 2.300 civis, membros das forças de segurança e suspeitos militantes do ISIS-Moçambique foram mortos desde que o grupo terrorista iniciou a sua violenta insurgência extremista”, lê-se no documento que recorda que “o grupo foi responsável por orquestrar uma série de ataques sofisticados e de grande escala que resultaram na captura do porto estratégico de Mocímboa da Praia, Província de Cabo Delgado”.

As designações feitas esta quarta-feira, pelo Executivo de Joe Biden, servem para expor e isolar entidades e indivíduos, bem como negá-los acesso ao sistema financeiro dos E.U.A. A medida visa igualmente auxiliar a aplicação da lei de agências americanas e de outros governos.

 

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