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Ethiopian começa a operar a 1 de Dezembro

O Presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), João de Abreu, disse que o anúncio de arranque das operações da Ethiopian Mozambique Airline para 1 de Outubro não partiu da sua instituição.

Em meio a desinformação, contrariedades e até um pouco de cepticismo à mistura, a Ethiopian Mozambique Airlines, entidade jurídica moçambicana, vai mesmo arrancar as suas operações neste ano.

Depois de falhar a data anunciada, que era de 1 de Outubro deste ano, a companhia decidiu que a “data mais razoável” para o arranque das operações, é a de 1 de Dezembro.

“Vamos começar a operar no dia 1 de Dezembro” revelou o director da Ethiopian Airlines em Moçambique, Daniel Tsigui, quando contactado pelo “O pais”, justificando a demora do arranque, pelo facto de “ainda estar a resolver alguns problemas com a licença”.

A nova data para decolagem dos primeiros voos da companhia etíope a nível nacional, colhe consenso do regulador moçambicano do sector de aviação, que ao mesmo tempo, nega, ter anunciado a data de 1 de Outubro.

“Nós achamos que a data de 1 de Dezembro é a mais razoável e, acima de tudo mais realística do que as outras que foram anunciadas” explicou o PCA da IACM, João de Abreu, acrescentando que “a data anterior não foi divulgada pelo regulador”.

Quanto as razões do atraso das operações daquela companhia, o PCA revela que tudo deve-se a anomalias nos manuais (requisito necessário para certificação de operadores aéreos).

“Estamos a olhar página a página, para verificar se o manual corresponde as circulares técnicas, assim com aos requisitos da Organização Internacional de Aviação Civil”, mas, tranquilizou João de Abreu, “ainda estamos dentro do prazo de 90 dias”, tempo estabelecido pela lei para responder a entrada dos documentos.   

Mesmo sem detalhar o conteúdo das anomalias, João de Abreu explicou que “os documentos da Ethiopian Mozambique Airline já estão no final da terceira das cinco fases exigidas”.

Neste estágio do processo (terceira fase), o IACM, exige documentos como Manual geral da empresa, manual de operações, manual de controlo de manutenção, primeiro currículo de treinamento para novas contratações entre outros documentos.

As fases seguintes consistem na demonstração da capacidade de cumprir com os procedimentos de segurança num voo experimental (fase quatro) e, o processo tem a sua conclusão com a entrega formal do certificado aéreo que autoriza a empresa a voar em Moçambique (fase cinco), explicou Abreu.

A entrada da transportadora etíope acontece na sequência de um concurso público lançado no ano passado, em que foram apuradas cinco companhias, venceu a Ethiopian Airlines.

Situação actual de aviação no país

Actualmente o país conta com 180 rotas, entre domésticas e internacionais. Mas é na necessidade de aumentar a disponibilidade de companhias para quem viaja dentro do território nacional, que o IACM esta a focar as suas forças.

Foi nesse espirito que foi realizado em 2017 o concurso que apurou a companhia Ethiopian Airlines. Mesmo assim, há segmentos do mercado de aviação que continuam uns "autênticos diamantes" por se delapidar, ou seja, ainda anseiam por novos investidores.

João de Abreu explicou que o país tem um sector de aviação com enormes potencialidades, que não estão necessariamente ligados ao transporte de passageiros, como tem sido foco de grande parte de investidores.

Mas há mais. De acordo com o Presidente do Conselho de Administração, ainda que tímidas, algumas companhias que começam a mostrar interesse em investir nestes novos sectores.

“A aviação civil não é apenas o transporte de passageiros, há também o segmento de serviço médico aéreos, fumigação agrícola, verificação e montagem de torres de linhas de alta tenção”, disse De Abreu.

De referir que o transporte aéreo de passageiros é o terceiro meio mais utilizado para viagens dentro do país, segundo o Ministério da Cultura e Turismo.

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