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Estâncias hoteleiras de Tete temem colapso dos seus negócios devido à pandemia

Gestores de estâncias hoteleiras, na província de Tete, vivem momentos de incertezas e temem o colapso do seu negócio devido à pandemia. Alguns já pensam em reduzir a mão-de-obra para garantir alguma sustentabilidade ao negócio.

Uma vista bonita, mas sem visitantes para contemplar…Um cenário encontrado pela nossa reportagem na Moringa Lodge, uma estância turística localizada numa das margens da Albufeira de Cahora Bassa, na província de Tete. Por lá, dias movimentados transformaram-se em dias de silêncio por conta da Covid-19. Os quartos que aos finais de semana ficavam preenchidos, agora estão vazios. Os barcos que eram usados pelos turistas para passeios na albufeira e para pesca desportiva não mais se fazem às águas, estão parados. São prejuízos e mais prejuízos como explica a gestora. “Estamos a passar por muitas dificuldades. Desde o mês de Fevereiro que o nosso negócio está estagnado. Vem uma e outra pessoa, mas não dá para suprir as despesas de funcionamento como pagamento de custos fixos em salários, energia, comida etc. Estamos a passar por tempos difíceis”, lamentou Fátima Nicole para depois avançar que tais tempos podem pôr em causa o emprego de parte dos seus trabalhadores.

“Daqui a mais um mês ou dois terei que fazer alguns reajustes. Infelizmente terei que mandar alguns trabalhadores para casa para garantir os serviços mínimos, mas até este momento, temos os 75 trabalhadores em actividade”, disse.

Caso a situação prevaleça por muito mais tempo, Fátima teme o pior.

“Vamos colapsar porque não temos onde buscar dinheiro. Dependemos dos clientes, eles são o garante a sustentabilidade deste negócio”, terminou.
Se no distrito de Cahora Bassa a situação está assim, a história se repete na cidade de Tete. No hotel Nhungue, por exemplo, em 24 quartos existentes a gestão não consegue preencher 10 por dia.

“Antes, por noite, poderíamos ocupar 16, 20 ou mesmo preencher todos os quartos, mas com a pandemia não conseguimos atingir os 10. Neste momento, ainda não reduzimos a mão-de-obra, mas se a situação prevalecer por mais tempo teremos que reduzir. Teremos que tomar medidas, porque o negócio depende de clientes e não podemos manter pessoas sem salário”, lamentou Patrício Meque, gerente do hotel.

Apesar de pouca clientela, a gestão disse estar a incrementar medidas de prevenção para não permitir com que se registem casos de contaminação no local

 

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