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Entre “quases” e confiança no alcance da meta foi-se a primeira semana de matrícula

Foto: Folha de Maputo

Uma semana depois do arranque das matrículas para novos ingressos da primeira classe, algumas escolas da cidade de Maputo estão acima de 40 por cento da meta prevista pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH)

O tempo passa… a conta-gotas os pais matriculam suas crianças… o trabalho escasseia para funcionários das secretarias e as vagas vão ficando limitadas em algumas escolas da cidade de Maputo. É a primeira semana de matrícula.

O prazo para o fim das matrículas é 31 de Dezembro, uma data aparentemente distante, mas Minoca Jeque não quis entrar na lista dos pais que deixam tudo para última hora. 

“Mais cedo melhor ainda. Por exemplo, hoje (referindo-se a ontem) não tinha fila além de que não fica bem deixar para última hora, corro o risco de perder vaga e a criança não ir à escola no próximo ano”, apontou Minoca Jeque, uma das encarregadas de educação, ressaltando o facto de a sua escolha ter sido acertada e melhor.   

Quando chegou…entrou numa sala da Escola Primária 03 de Fevereiro. Era uma daquelas grandes faz lembrar que a sua imagem aparece à cabeça quando o assunto é função pública, mas a diferença é que nela não se tomava chá, pelo menos até a hora 10. Minoca entrou, cumprimentou a funcionária, sorriu e de seguida pediu filha de inscrição…preencheu e colou a fotografia de Igor, seu filho, para quem ia fazer matrícula e concluiu o processo. E foi assim com estes procedimentos que Minoca Jeque garantiu uma vaga para seu filho, das 299 disponibilizadas pela Escola Primária 03 de Fevereiro.

“É muito fácil. Só me exigiram duas fotografias e cópia da cédula porque agora é melhor. Não há fila, não há risco de a criança perder a vaga pois ainda há vaga para todas as crianças”, disse Minoca Jeque, num tom confiante, mas as vagas podem já estar escassear na “03 de Fevereiro” que já tinha 113 alunos inscritos para novos ingressos da primeira classe.

“Quando vemos que há muita procura nós não matriculamos, simplesmente. Reportamos às estruturas superiores e eles dão uma certa possibilidade, mas também, quando atingimos a nossa meta, uma vez que temos escolas vizinhas, nós encaminhamos os pais para lá”, revelou Matilde Chilundo, directora da Escola Primária 03 de Fevereiro, citando como alguns exemplos a Escola Primária 16 de Junho, Alto Maé e Maxaquene.

E na Escola Primária 16 de Junho há 145 vagas e até aqui apenas 43 crianças estão matriculadas. E tudo indica que a “16 de Junho” poderá voltar a receber crianças de outras escolas, tal como acontece nos últimos anos.

“No ano passado tivemos uma meta de 242 e não conseguimos alcançar esta meta e se Alto Maé e BÊÁBÁ esgota as vagas, eles mandam para cá e nós recebemos”, confirmou Filmina Macaniceta, Directora da Escola Primária 16 de Junho.

E a maioria dos pais prefere que suas crianças aprendam a escrita e a contar na Escola Primária BÊÁBÁ. Exemplo disso é que das 130 vagas existentes, 98 já estão preenchidas.

“Os pais sempre têm aparecido depois de concluirmos o processo, mas nós temos orientado os pais a irem às escolas vizinhas porque, por incrível que pareça, todos pais vem “chorar” aqui, mas nós encaminhamos para Escola Primária do Alto Maé”, avançou Custódia Zucula, Directora pedagógica da Escola Primária BÊÁBÁ

Ainda na cidade de Maputo, a Escola Primária do Alto Maé tem à disposição de novos ingressos da primeira classe 158 vagas e já inscreveu 43 alunos. 

 

 

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