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Empresa Kamaleon leva tablets às zonas rurais para promover campanhas cívicas

É através de uma plataforma digital que a empresa moçambicana Kamaleon pretende levar tablets às zonas rurais com o objectivo de difundir informações sobre prevenção de doenças, educação financeira e outras que podem criar condições para maior inclusão de pessoas no mundo digital.

O novo produto tecnológico chama-se Tablet Comunitário. Será apresentado na quarta edição da maior feira de tecnologias de informação e comunicação – Moztech -, marcada para os dias 24, 25 e 26 deste mês.

“Pretendemos, através de banda desenhada animada, em campanhas específicas que têm a ver com educação cívica relacionada com doenças e educação bancária, mostrar como fazer operações, isto porque há muitas pessoas nas comunidades que não fazem ideia que é possível transferir dinheiro, ou seja, que se pode ter um banco no telemóvel”, considera o director-geral da Kamaleon, Dayn Amade.

As campanhas cívicas que serão promovidas nas zonas rurais poderão consistir em ensinar, as pessoas, os cuidados a ter para não apanhar a cólera, entre eles, lavar as mãos antes de pegar os alimentos, que também devem ser lavados antes de consumir e ferver a água antes de beber.

A empresa produziu o protótipo com quatro tablets – dois de cada lado -, mas diz que tem capacidade para fazer plataformas com 40 visores de cada lado, como forma de abranger maior número de pessoas.

Dayn Amade disse ao jornal O País que o produto vai trilhar em breve as zonas rurais do território nacional. É uma inovação produzida, pensando nos moçambicanos, sobretudo, aqueles que vive fora das cidades.

“A estratégia que temos de levar esta plataforma às comunidades rurais consiste em transmitir mensagens através de banda desenhada animada e depois temos um pequeno quiz (teste de conhecimento) que se baseia em perguntas e respostas, onde os usuários poderão interagir com o quiz e daí, nós teremos a estatística da compreensão que as pessoas tiveram na campanha específica que formos a fazer”, explicou o director-geral.

Os jogos que estão na plataforma são produzidos pela Kamaeon e outros parceiros nacionais da empresa.

Através dos tablets com telas gigantes, a população residente no campo poderá ter acesso a uma tecnologia de informação com jogos educativos, internet, espaço para escrever textos e gravar informações diversas em flash.

Dayn Amade empresa que desenvolveu a ideia, explica ainda que crianças, a partir dos seis anos, podem usar estes tablets, basta ter noções de escrita. O director-geral da Kamaleon descreve as qualidades da plataforma, destacando a resistência a fenómenos naturais.
“A plataforma é resistente a temperaturas várias, nomeadamente, chuva, poeira, muito calor, muito sol e mesmo o nosso visor está protegido, se alguém pega numa pedra e tenta riscar, tem uma película que protege o visor”, assegura Dayn Amade.

Para chegar a zonas recônditas, a plataforma pode ser puxada por veículos automóveis, tractores ou por tracção animal. Na verdade, explica o director-geral da Kamaleon, a empresa identificou várias formas para levar a plataforma às comunidades, de modo a permitir que ninguém se sinta excluído.

Neste momento, a empresa está à espera de receber uma patente para certificar se esta é ou não a primeira iniciativa digital desta natureza no mundo.

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