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Elefantes e rinocerontes continuam na mira dos caçadores furtivos

O elefante e o rinocerote continuam na mira dos caçadores furtivos no Parque Nacional do Limpopo, na Província de Maputo. Só este ano, já foram instaurados oito processos criminais contra caçadores furtivos. Destes, seis são relativos a caçadores de rinoceronte e dois de elefante.

A procuradoria provincial de Maputo defende que o sector de justiça deve ter maior envolvimento no combate à caça furtiva, por isso organizou um workshop sobre Caça Furtiva na Província de Maputo.

Rosa Langa, autoridade máxima na Procuradoria do Distrito da Moamba diz que a maior parte das infracções são “crimes de caça proibida, porte de armas proibidas e intoxicação de animais”.

O ambientalista Carlos Serra que esteve no workshop em representação da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC) alertou que os caçadores furtivos usam técnicas cada vez mais sofisticadas, daí a necessidade de ter uma justiça comprometida com o combate a caça furtiva.

Para Serra, há uma tendência de crescimento da caça furtiva principalmente ao longo do Limpopo. “O elefante e o rinoceronte são duas espécies que sofrem muita pressão, porque os chifres do elefante e os cornos do rinoceronte no mercado ilícito são bens cobiçados, o que coloca as autoridades sob um desafio permanente”.

E acrescentou que, “mais do que uma prevenção e combate da própria caça furtiva, é necessário saber qual é a importância da biodiversidade para um país; o que se deve fazer a partir da escola primária para que cada criança tenha um animal vivo como símbolo nacional, para no futuro termos mais defensores do património faunístico”.

Segundo o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) o continente asiático continua sendo o maior mercado de consumo de cornos de rinocerote e de marfim.

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