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Domingos e Lutero pressionados a concorrerem à presidência do MDM

O actual secretário-geral do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), José Domingos, e o chefe da bancada do partido na Assembleia da República (AR), Lutero Simango, dizem que têm sido contactados pelos membros do seu partido para concorreram ao cargo de presidente do “galo”, mas não confirmaram se aceitam ou não o desafio.

Desde a realização do Conselho Nacional do MDM, que tinha em vista definir as datas para a realização do congresso extraordinário deste partido para eleição do novo presidente, que deverá substituir Daviz Simango, no meio deste partido, têm sido apontados dois potenciais candidatos, nomeadamente José Domingos, actual SG, e Lutero Simango, chefe da bancada do MDM na AR, que, por sinal, é irmão do falecido presidente. Os dois potenciais candidatos, que são deputados na AR, confirmaram que têm sido pressionados pelos seus membros.

“De facto, tenho sido contactado há várias semanas pelos membros, tanto em Sofala, assim como de outras províncias, no sentido de concorrer ao cargo do presidente do partido. É um grupo muito forte. Eu preciso de analisar com muita cautela esta pressão, pois gerir um partido como o MDM não é tarefa fácil. Sou SG há já algum tempo e tenho noção do que estou a falar e qual será a minha responsabilidade, por isso tenho pedido calma aos que querem suportar a minha candidatura. Precisamos de avaliar se o apoio é nacional. Para além disso, eu tenho família e ser presidente do “galo” significa relegar a família para o segundo plano. Todos estes aspectos devem ser conjugados de modo a poder servir fielmente o MDM. Em tempo oportuno, partilharei a minha decisão”, garantiu José Domingos.

Por seu turno, Lutero Simango garantiu, igualmente, que muitos membros do seu partido o têm solicitado para concorrer ao cargo de presidente do MDM.

“Eu e eles estamos a equacionar vários factores e acredito que, quando forem criadas todas as condições, teremos uma resposta definitiva, ou seja, não gostaria de que a minha candidatura fosse nominal, ou suportada por um grupinho de membros. Deve ser uma candidatura de base. Uma candidatura suportada a nível nacional pelos militantes do partido, porque sempre foi o meu lema de que sozinho não chego à parte nenhuma, sem as bases do partido. Portanto, se a minha candidatura deve avançar, avançará só e somente com o apoio das bases do partido”, explicou Simango.

O “O País” soube que, até esta quinta-feira, não tinha sido ainda submetida nenhuma candidatura. Refira-se que 30 de Setembro é a data limite para a submissão de candidaturas e que o congresso está agendado para a primeira semana de Dezembro próximo na cidade da Beira.

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