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Dom Cláudio diz que COVID-19 afecta negativamente a fé cristã e fortifica a família

A Páscoa, que se celebra neste fim-de-semana, será, mais uma vez, vivida pelos cristãos, sem poderem se unir para juntos renovarem a sua fé, devido a medidas impostas pela Pandemia da COVID-19.

Por conta destas medidas, a igreja católica, na Beira, não cruzou os braços para continuar a evangelizar e está a recorrer a vários meios de comunicação social para transmitir mensagens de amor, perdão e reconciliação aos seus fiéis.

As mensagens são atentamente escutadas pelos crentes, nas suas residências, tal como contou a senhora Argentina Balança.

“É uma realidade difícil de admitir. Há séculos em que todos os anos, por estas alturas, era uma das poucas oportunidades que tínhamos para renovar a nossa fé em comunhão, para celebrar a ressurreição de Jesus Cristo, nosso salvador. É muita pena que este facto não esteja a acontecer desde o ano passado por causa de uma doença. Resta-nos, em família, celebrar a páscoa e orar para que tudo volte a normalidade”, afirmou Argentina Balança.

O Arcebispo da Beira diz que a pandemia da COVID-19 é um grande desafio para a fé cristã e que, por outro lado, torna a família mais fortificada, o que, para ele, é o mais importante porque a família é a célula base de uma sociedade.

“De facto, a contingência que vivemos actualmente afecta a fé, porque ela não é individual, não é pessoal, ela está numa família, a família de Deus. Então, quando uma família não pode-se encontrar, não pode-se reunir, com certeza que a mesma fica fragilizada”, explicou Dom Cláudio Dalla Zuanna.

Porém, para o Arcebispo da Beira, as contingências vividas, actualmente, podem proporcionar uma ocasião para os fiéis descobrirem recursos que têm dentro de si e renovarem as perspetivas.

“Acho que a impossibilidade de celebrar a Páscoa em comunidade alargada, nos permite pôr em destaque a dimensão familiar. A família é o primeiro lugar onde a fé deve crescer. Portanto a pandemia nos limita, mas também abre ocasião para descobrirmos coisas novas”, concluiu Dom Zuanna.

 

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