O País – A verdade como notícia

Divergências de opinião não devem fomentar hostilidades, defende presidente do MDM

Foto: O País

Iniciou ontem, na cidade de Chimoio, a II sessão ordinária do Conselho Nacional do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). O primeiro dia do evento, que deverá terminar este domingo, foi marcado pelo atraso de cerca de cinco horas. Discursando na abertura, o presidente do MDM, Lutero Simango, pediu união entre os membros e defendeu que as divergências de opinião não devem fomentar hostilidades internas.

“O alinhamento, participação e o engajamento de todos para o objectivo comum serão determinantes para a nossa existência. Divergências de opinião não devem significar contradição ou conflito, nem devem servir para fomentar clima de hostilidades internas e alimentar divisão e informações para desvirtuar a verdade. Por isso, vamos continuar a aprofundar o debate de ideias para tornar o nosso partido cada vez mais nacional, ganhador e vencedor”.

Foi com estas palavras que o presidente do MDM, Lutero Simango, começou a dirigir-se aos seus membros, na abertura da II sessão ordinária do Conselho Nacional desta formação política, que decorre desde sábado, na cidade de Chimoio, e que deverá terminar neste domingo, cujo objectivo central é a eleição de novos órgãos directivos, com destaque para o secretário-geral, e preparar os próximos pleitos eleitorais.

A sessão em alusão foi marcada pelo atraso de cerca de cinco horas. Ou seja, o evento deveria ter iniciado às 13h30, mas só começou perto das 20 horas, devido a um encontro da Comissão Política alargado ao secretariado e à mesa do Conselho Nacional, que visava “alinhar ideias”, segundo o presidente da mesa do Conselho Nacional, negando, assim, a informação de que a demora se deveu à falta do consenso em relação aos novos órgãos que serão indicados.

“Há consciência no MDM da prática democrática. Todos sabemos que ninguém é eterno no cargo que ocupa. Ninguém está descontente e não há clivagens. Pelo contrário, reforçamos a nossa unidade interna”, garantiu Casimiro Pedro, presidente da mesa do Conselho Nacional.

Voltando ao discurso do presidente do partido, Simango acrescentou que o debate de ideais não pode parar “a nossa missão de mobilizar mais moçambicanos de ter esperança no MDM. Temos que nos fortalecer para que sejamos unidos e coesos na base de uma única agenda, tendo o MDM em primeiro lugar. Temos que continuar a construir a nossa história colectiva, pois já somos referenciados em promotores da política de inclusão, quebramos a bipolarização, governamos localmente com competência. Esta é a nossa marca. A responsabilidade colectiva com espírito de equipa, caminhando para única direcção, pois todos aqui temos o objectivo comum que é vencer o partido que está a desgovernar Moçambique. Na interacção com os membros, temos dito que “temos a fé e certeza de que faremos a diferença, tudo depende de nós. Tudo está nas nossas mãos e capacidade de se reinventar nas novas circunstâncias”, exortou Simango.

Para o presidente do MDM, a presente sessão do Conselho Nacional tem um grande simbolismo, porque representa o início efectivo de novos desafios, “olhando para os próximos pleitos eleitorais. A nossa visão e programa político são a solução, queremos um Moçambique para todos, de inclusão e as riquezas do nosso solo pátrio a servirem a nação. Queremos que os nossos jovens se sintam parte integrante da nação. Por isso, queremos transmitir uma mensagem de esperança a todo o povo moçambicano que podemos mudar esta forma de viver e ser governados com dignidade humana”.

 

TERRORISMO NO NORTE DO PAÍS

Lutero Simango referiu no evento que a luta contra o terrorismo requer, não só soluções militares, mas também socioeconómicas.

“Todas as tendências de carácter de violência verbal, armada e até doméstica devem ser condenadas. A violência, que se vive nas províncias de Cabo Delgado e Niassa, com risco de atingir outras, deve também ser combatida com medidas económicas e sociais para o bem-estar das populações. Que fique claro, que o combate ao terrorismo, além de soluções militares, requer soluções económicas e sociais para que a nossa juventude e população geral se sintam parte integrante do desenvolvimento e benefício dos recursos”.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos